FHC disse que participou “ativamente” das lutas do movimento sindical do ABC contra a ditadura no fim da década de 70. As greves da época foram responsáveis pela projeção nacional do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
O tucano falou ainda da tensão do período militar e do assassinato do jornalista Vladimir Herzog no dia 25 de outubro de 1975, nos porões do DOI-CODI em São Paulo. Ele afirmou que foi procurado pelo cardeal-arcebisto de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, e participou da cerimônia ecumênica onde foi feito um protesto contra a tortura.
O ex-parlamentar Ulysses Guimarães também foi homenageado pelo presidente, que disse ter aprendido muito com o político. FHC elogiou ainda o clima de liberdade e maturidade institucional do Brasil atual.
Segundo o presidente, ele aprendeu a desenvolver a democracia no parlamento e isto está possibilitando uma transição tranqüila de seu governo ao do PT.
Além de Fernando Henrique, 15 personalidades e uma instituição serão homenageados com a medalha Mérito Legislativo: Antônio Ermínio de Moraes, Benedita da Silva, Carlos Drummond de Andrade ("in memoriam"), Carlos Pina de Assis, Celso Furtado, Cid Sampaio, Fernanda Montenegro, Leandro Konder, Leonel Brizola, pastor Nilson do Amaral Fanini, Dom Paulo Evaristo Arns, Cacique Raoni, Ronaldo Cunha Lima, Siron Franco, Tribunal de Justiça do Piauí e Zilda Arns.
Os presidentes da Câmara, Aécio Neves (PSDB), e do Senado, Ramez Tebet (PMDB), participam da cerimônia.
Com Agência Brasil
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