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Carla Candiotto estreia a peça 'Aladdin, o Musical', em São Paulo
02/11/2019 | 07:00
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Um dos nomes mais respeitados quando se fala em teatro infantil e juvenil, premiada inúmeras vezes por seus trabalhos, Carla Candiotto é daquelas profissionais sem parada. Atriz, diretora e produtora teatral, ela está sempre com novos projetos. Agora mesmo estreia a peça Aladdin, o Musical, neste sábado, 2, no Teatro Porto Seguro, em São Paulo. Aos 55 anos, nascida em Jundiaí, ela tem uma trajetória invejável, que teve início na Europa, onde estudou teatro com Ariane Mnouchkine, passando por Inglaterra, Itália, China e Austrália. Aqui no Brasil, fundou a Cia. Le Plat du Jour, com a qual se revelou essa profissional necessária para as artes.

Como teve início sua trajetória no teatro infantil?

Aos 20 anos fui morar em Londres e me interessei por um curso de mímica, que me abriu portas para me aprofundar no que na época se chamava "Teatro Físico" (que usa o corpo como ferramenta para contar uma história). Encontrei pessoas e formamos uma companhia onde fazíamos espetáculos em francês e espanhol nas escolas públicas para a alunos da Grã-Bretanha. Foram 10 anos trabalhando com teatro, em diversos países, com diferentes grupos de teatro. Já morando na França, junto com Alexandra Golik formamos a Cia. Le Plat du Jour e, então, de volta ao Brasil, criamos 11 espetáculos e muitas cenas cômicas. Durante esse período, dirigi e escrevi peças e não parei mais, ou seja, são quase 30 anos de teatro.

Como define seu trabalho?

Quando comecei a criar espetáculos para públicos jovens, os contos clássicos da literatura infantil eram os escolhidos. Com eles, podemos falar de qualquer assunto com a criança, pois são veículos de comunicação por serem conhecidos, trazendo o passado e repetindo assuntos ou questões que são da natureza humana. É uma forma de a criança aprender, entender e desenvolver senso crítico. Isso sempre me interessou, me levando à ideia de formar público, pelo teatro. Com esse pensamento, acho que posso almejar algo mais amplo, que é colaborar para a formação do caráter das crianças, e ampliar seu interesse pelo teatro e pelas artes.

Como é produzir espetáculos para um público tão exigente?

Sempre foi uma tarefa complexa. Nunca passa na minha cabeça que, pelo fato de ser um público infantil, eu tenha que utilizar menos recursos ou economizar em ideias. Esse público quer a verdade, seja qual for, desde que a gente acredite até o final do espetáculo.

O que precisa para fazer espetáculo que cative seu público?

Uma das minhas maiores preocupações é fazer com que o artista se coloque na criação. Tento fazer com que esse artista traga o melhor para a peça e fazer com que se sinta dona/dono e criadora/criador da mesma. Não sei se isso ajuda a cativar o público, mas sei que sem isso não será cativado.

O que o público pode esperar nessa sua nova peça, Aladdin, o Musical?

Aladdin tem a mesma vibe de todos os meus espetáculos, é divertido, mágico e muito simples ao mesmo tempo. Tem lindas canções, com artistas que fazem a história acontecer. A ideia é de uma trupe que viaja o mundo contando histórias, dando voz aos artistas e valor ao fazer teatral. A equipe de criação, cenário, figurinos, músicas, coreografias, iluminação, vídeo, som, produção, enfim, é composta de profissionais maravilhosos com quem estou muito honrada em trabalhar.

Ainda acha importante se divertir com o fazer teatro?

Claro, senão não estaria mais fazendo. O melhor de tudo é que eu nunca me questionei porque eu faço o que faço. Eu busco num processo de criação que todos se divirtam.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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