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Alex representará Brasil em cúpula de parlamentos das Américas
Raphael Rocha
02/11/2019 | 06:11
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Michel Jesus/Câmara dos Deputados


O deputado federal Alex Manente (Cidadania), com domicílio eleitoral em São Bernardo, foi indicado pela Câmara Federal para representar o Brasil no ParlAmericas, cúpula que reúne parlamentares das Américas do Norte, Central e do Sul.

O País retomou seus assentos no bloco após quase uma década ausente. Alex é secretário de relações internacionais, cargo vinculado à mesa diretora. No fim de maio, o político esteve em comitiva brasileira que participou de encontro do ParlAmericas em Ottawa, no Canadá.

Alex comentou que o trabalho dentro do ParlAmericas é trazer a serenidade que o Congresso Nacional tem lidado com temas de vulto, contrapondo a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), seus filhos e auxiliares mais próximos.

“É um importante instrumento de união com parlamentos das Américas, principalmente em debate de legislações de outros países. Não podemos perder oportunidades por alguma falha nas relações institucionais”, discorreu Alex. “O Congresso deu mostras suficientes de que trata os temas com equilíbrio, serenidade. A volta (ao ParlAmericas) é significativa.”

O deputado citou o acirramento nas relações entre Bolsonaro e o presidente recém-eleito da Argentina, Alberto Fernández, e as críticas disparadas pelo presidente contra a política da China – sobre os chineses, o tom de questionamento foi aplacado nos últimos meses.

“A Argentina é nosso principal parceiro comercial no quesito da indústria. Representa peso determinante no número de exportações da indústria automotiva, principal parceiro do Grande ABC. Na questão da China, há muita relação do agronegócio. O presidente já entendeu a relevância da China para a economia nacional e, por isso, tem deixado a ideologia meio de lado nisso”, comentou.

Bolsonaro já avisou, por exemplo, que não vai à posse de Fernández, cuja vice é a ex-presidente Cristina Kirchner. O novo chefe da nação argentina nunca escondeu a predileção pelo principal adversário de Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Pensar em corte de relação comercial com a Argentina significaria a morte da economia do Grande ABC. No ParlAmericas e como secretário de relações internacionais da Câmara, quero estar na posse do presidente (Fernández)”, declarou Alex. Segundo dados do Ministério da Economia, a balança comercial do Grande ABC apresenta que o volume de exportações da região à Argentina é de US$ 583,6 milhões – houve queda, mas mostra ainda o peso dos hermanos nas finanças regionais.

Alex comentou que, neste mês, está prevista a eleição para funções diretivas no ParlAmericas, em atividade realizada no Paraguai.

Ontem, o deputado embarcou para a China, onde integrará comitiva que visitará setores públicos e privados do país em busca de estreitar relações e prospectar investimentos chineses para o Brasil. 




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