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EC S.Bernardo e Azulão empatam e deixam aberto duelo pela final

Placar de 2 a 2, no 1º de Maio, leva ao Anacleto definição por vaga na decisão da Copa Paulista

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
27/10/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O primeiro jogo do clássico entre EC São Bernardo e São Caetano deixou o duelo pela vaga na final da Copa Paulista em aberto. No Estádio 1º de Maio, Cachorrão e Azulão empataram por 2 a 2, no jogo inicial da semifinal.
A partida de volta está marcada para sábado, às 16h30, no Anacleto Campanella. Vencedor garante espaço na decisão do torneio, que dá vaga à Série D do Campeonato Brasileiro ou na Copa do Brasil do ano que vem (o campeão escolhe o prêmio). Novo empate leva a disputa para os pênaltis.

O favoritismo do São Caetano – líder na fase de classificação da Copa Paulista – ficou somente na tabela porque, dentro de campo, o EC São Bernardo pressionou na primeira etapa. Aos 19, o atacante Gabriel Souza abriu o placar, escorando cruzamento na pequena área de Carlinhos. Minutos antes, Giovanni Pavani havia perdido chance incrível, de cabeça, acertando a trave.

Não demorou para o empate do Azulão. Aos 28, Marlon completou de cabeça cruzamento feito por Alex Reinaldo. O centroavante anotou seu terceiro na competição, confirmando a boa fase desde que herdou a camisa de titular com a contusão de Gleyson.

E foi no jogo aéreo novamente que o São Caetano virou a partida. Jean Dias levantou para área pela direita e Emerson Santos completou. O goleiro Júnior Souza se esticou, tocou na bola, mas ela pegou na trave antes de estufar a rede. Aos 43, o Cachorrão buscou o empate. Giovanni Pavani aproveitou vacilo do volante Karl e disparou no contra-ataque. Ele driblou novamente o adversário e cruzou para Felipe Sussai, sozinho na pequena área.

No segundo tempo, o jogo foi diferente, com as equipes mais preocupadas defensivamente do que com jogadas ofensivas. O vencedor do clássico enfrenta na final XV de Piracicaba ou Mirassol. Os clubes do Interior jogam hoje, às 11h, em Mirassol.

Treinadores e jogadores evitam cravar favoritismo

Jogadores e técnicos do EC São Bernardo e São Caetano evitaram falar em favoritismo de um ou outro após o empate no Estádio 1º de Maio. A partida de volta será no Anacleto Campanella, casa do Azulão, mas o técnico Marcelo Vilar rechaçou clima de já ganhou pelo empate no domínio do rival e por ter liderado a fase classificatória na Copa Paulista. “Quem chegou até aqui foi pelos méritos. Não tem essa do elenco que está classificado em primeiro ou em quarto lugar. E tenho certeza de que eles não vão entregar fácil”, bancou Vilar.

O sentimento de duelo aberto foi compartilhado por Renato Peixe, comandante do Cachorrão. Ele enalteceu a primeira etapa realizada por seus comandados. “Ambas equipes demonstraram bom futebol. No primeiro tempo, acredito que fomos melhor. Mas o empate foi justo. Estamos confiantes, apesar de sabermos da dificuldade em ganhar lá (no Anacleto)”, apostou.

Autor do segundo gol do Cachorrão do dérbi, Felipe Sussai afirmou que o objetivo da semana é descansar e treinar para corrigir os vacilos do empate. “Mesmo com um placar ainda não definido, estamos todos com um sentimento único, ímpar, porque nossa equipe começou do zero. Então, chegar até uma semifinal não tem explicação.”

O atacante Marlon aposta no fator casa diante do rival regional. “Os gols levados foram por pequenas falhas nossa. Estou confiante para a próxima partida, porque em casa sempre é mais fácil”, disse ele, que anotou o seu no jogo.


Cadeirante fã de futebol prestigia clássico decisivo do Grande ABC

O clássico da região contou com presença ilustre. Gabriel Nobre Perrud, 15, entrou com o EC São Bernardo em campo, onde permaneceu durante a execução do Hino Nacional. O garoto, apaixonado por futebol, é portador de paralisia cerebral e, por essa razão, não fala e não se locomove sem auxílio de cadeira de rodas.

Segundo os pais, o convite veio do diretor da equipe são-bernardense, Luciano Marechal. “Ficamos muito felizes porque sabemos o quanto ele (Gabriel) gosta e vibra com o futebol. Deu para ver e sentir a emoção dele”, narra a mãe Valéria Nobre Perrud, 41.

De acordo com ela, Gabriel é palmeirense roxo e só troca a torcida pelo Verdão quando o Flamengo está em campo. “Como o irmão dele torce para o clube carioca, ele fica vidrado.”

Gabriel cursa o 9º ano do ensino fundamental em escola regular no município. Quando chega em casa, troca facilmente os desenhos animados pelas partidas que fazem seu coração bater mais forte: as de futebol.




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