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Dérbi regional começa a decidir quem vai à final da Copa Paulista

EC São Bernardo aposta no bom entrosamento contra o São Caetano, melhor equipe do torneio

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
26/10/2019 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Será o entrosamento do EC São Bernardo capaz de frear a capacidade técnica do São Caetano? A resposta começará a ser dada hoje, às 16h30, quando os times entram no gramado do Estádio 1º de Maio para o primeiro duelo da semifinal da Copa Paulista – o segundo confronto será no outro sábado, no Anacleto Campanella.

Para se classificar, o Cachorrão terá de quebrar o tabu de derrotar o Azulão pela primeira vez na história. Até hoje foram quatro confrontos, com duas vitórias dos são-caetanenses e dois empates. Nesta edição da Copa Paulista, os times se enfrentaram duas vezes, com vitória azulina (2 a 1) na casa do rival e um empate (1 a 1) no Anacleto Campanella.

Quebrar marcas faz parte da rotina do EC São Bernardo. Esta é a primeira vez que o time disputa a Copa Paulista e, de cara, já luta pelo título. Também é o primeiro trabalho de Renato Peixe como treinador e ele tem tido habilidade para fazer a gestão de elenco, dividido entre remanescentes da Série A-3 e grupo que veio por empréstimo do Monte Azul, promovido à Série A-2. A receita tinha tudo para desandar, mas o bolo cresceu na medida em que o treinador conseguiu deixar claro que todos os ingredientes são importantes.

“Mais uma decisão para nós. Não é clichê porque todos os jogos têm sido assim. Sabemos que se passarmos estamos na final, que sempre foi nosso objetivo. Sabemos da dificuldade porque vamos enfrentar um dos melhores times da competição. Tem a rivalidade por ser cidade vizinha, mas nossa equipe está preparada para os dois jogos”, garantiu Peixe.

O elogio ao rival está fundamentado em números. Justamente por ter a melhor campanha o São Caetano tem a vantagem de decidir em casa, mas empate na soma dos placares leva a decisão aos pênaltis.

Do outro lado, Marcelo Vilar pede atenção: “É decisão. Existe o chavão que se decide nos detalhes, e é verdade. Ficamos mais atentos para minimizar os erros e conseguir o objetivo. Quando é clássico mais ainda. Este jogo possui uma conotação diferente, nuances diferentes”, analisou o treinador.

As equipes não têm desfalques por lesão os suspensão, ou seja, os treinadores podem escalar o que tem de melhor.

Artilheiro, com 11 gols, Jhonny atrai as atenções no Cachorrão

Artilheiro da Copa Paulista, com 11 gols, Jhonny é a principal esperança do EC São Bernardo no clássico de hoje. O atacante, que é um dos sete jogadores que vieram na parceria do Cachorrão com o Monte Azul, quer aproveitar a semifinal para seguir em evidência.
“Chegar numa semifinal é muito importante para o clube e para o jogador individualmente. Todos estão olhando e isso aumenta bastante a responsabilidade”, comentou o jogador, que foi poupado na derrota por 3 a 2 para o XV de Piracicaba, semana passada, na última partida da terceira fase.

Apesar de estar na luta pela artilharia, Jhonny garante que isso fica em segundo plano. “Sempre penso no coletivo primeiro antes de pensar no individual. Quando jogo bem e tento ajudar o time os gols acabam saindo naturalmente. Mas, sim, tenho o objetivo pessoal de terminar artilheiro da competição”, assumiu o jogador de 24 anos, que nunca terminou como principal marcador de uma competição. “Já fui artilheiro na base, no profissional é inédito”, finaliza Jhonny, que tem acordo com o Cachorrão apenas até o fim da Copa Paulista.

Agora titular, Marlon planeja aproveitar momento no Azulão

Caiu no colo do atacante Marlon a oportunidade de assumir o protagonismo do São Caetano na reta final da Copa Paulista. Reserva de Gleyson, autor de dez gols, que vinha brigando com Jhonny, do EC São Bernardo, pela artilharia, ele assumiu a condição de titular e já balançou a rede duas vezes na terceira fase.

O jogador lamentou a lesão do companheiro, mas quer agarrar a oportunidade para convencer a diretoria a estender seu contrato, que vence no fim da temporada. “Fiquei um pouco triste pela lesão dele, porque acabei de passar por esse momento e sei como não é fácil. Responsabilidade grande de substituí-lo, pois ele vinha muito bem, fazendo gols”, comentou Marlon.

A pressão por título no São Caetano é grande, tamanho investimento realizado, mas o jogador diz lidar bem com isso. “Nossa profissão sempre vai estar na base da pressão e acabamos acostumando um pouco, mas o desejo de ganhar campeonatos sempre fica, ainda mais o São Caetano, pela história que tem. Nós temos a obrigação de sempre estar brigando por títulos”, finalizou o novo dono da camisa 9. 




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