Política Titulo Estrategista
Laércio encabeça articulação para troca de vice

Após tirar PT da presidência da Câmara, comunista assume papel determinante para montar chapa governista

Por Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
23/04/2012 | 00:05
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Protagonista no fim da hegemonia petista no comando da Câmara de Diadema, o presidente do Legislativo, Laércio Soares (PCdoB), assumiu as rédeas da articulação da base aliada do governo. E já provocou mudança na estratégia do PT para manter Gilson Menezes (PSB) como vice na chapa de reeleição do prefeito Mário Reali (PT).

Antes otimista pela unidade nas reuniões com o bloco governista para emplacar Gilson, Reali viu a perda de terreno do socialista. O petista designou seu chefe de Gabinete, Osvaldo Misso (PT), para convencer as siglas, individualmente, da importância de Gilson.

No fim de 2010, Laércio construiu candidatura alternativa à presidência da Casa, mesmo sendo líder do prefeito no Parlamento. Costurou apoio de outros oito vereadores e desbancou o favorito Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), então mandatário no Legislativo diademense. Desde o episódio, o comunista é visto com desconfiança pela cúpula petista.

O presidente da Câmara foi designado pelo grupo formado por PPS, PMDB, PDT e PR - denominado G-5 - para ampliar a frente e conseguir convencer Reali a trocar o vice. Para isso, desenha coligações proporcionais que beneficiarão outras cinco legendas: PRB, PPL, PRTB, PSC e PTdoB. Caso aglutine dez siglas, praticamente garantirá a mudança na vaga.

"Acredito que a discussão do vice é meio secundária nesta história. Todos os partidos, inclusive o PT, têm primeiro interesse em fazer vereadores. É com isso que medimos a força de cada partido. A partir de então você começa a discutir o vice", comentou Laércio, sem se colocar como estrategista.

A análise do G-5 é que Gilson não mais representa a totalidade do arco de alianças. Alguns dizem até que o ex-prefeito por dois mandatos sequer tem consenso no PSB - o presidente socialista em Diadema, Manoel José da Silva, o Adelson, também postula dividir chapa com Reali.

Há boatos de que Gilson não enterrou o projeto de retornar ao PT, partido pelo qual foi eleito prefeito em 1982. Se regressar à trincheira petista, garantiria existência de chapa puro sangue disfarçada ao Paço e evitaria mal-estar na base para a eleição de 2016.




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