Uma audiência marcada para esta semana determinará se a Telefônica será ou não obrigada a enviar contas detalhadas aos assinantes. A solicitação é da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), que entrou com ação civil pública solicitando faturas com relação de chamadas realizadas e efetuadas, listadas por minutos e valores.
Se a juíza Maria Lúcia Ribeiro Pizzoti, da 32º Vara Cível de São Paulo, acatar novamente o pedido – na sexta-feira, a ação havia sido aprovada, mas segunda-feira a empresa conseguiu uma liminar –, cerca de 8,8 milhões de contas serão expedidas em todo o Estado. Apenas no Grande ABC, são 390 mil assinantes envolvidos.
Para a coordenadora institucional da Pro Teste, Maria Inês Dolci, grande parte dos consumidores ainda não compreendeu a migração do sistema – de pulso para minutos.
“A empresa não ofereceu informações para que o consumidor pudesse escolher o melhor plano. Agora, tem de detalhar a conta com análise do perfil”, diz Maria Inês.
De acordo com a Pro Teste, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) registrou aumento de 19% no serviço de atendimento telefônico de junho para julho. Um sinal de que as dúvidas persistem.
A ação também leva em consideração o pequeno número de escolhas pelo plano alternativo. Balanço preliminar da Anatel mostra que somente 2% dos assinantes escolheram o chamado Pasoo. Outros 2% pediram o detalhamento da conta e apenas 1% solicitou um comparativo individualizado entre os planos.
Risco - “Sabe qual vai ser o resultado de tudo isso? Consumidores inadimplentes. Gente que não fez a escolha correta e se deparou com um aumento que pode chegar a 100% na conta mensal”, acredita Maria Inês.
O plano básico é recomendado para clientes que fazem ligações locais mais curtas. A franquia é de 200 minutos por mês. Já o alternativo (Pasoo) tem o dobro de minutos e é indicado para quem passa mais tempo ao telefone. Para ambas as opções, a assinatura mensal é de R$ 37,80.
A Telefônica aguarda convocação da justiça para prestação de contas.
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