Não que o governador João Doria (PSDB) tenha se esforçado para manter em alta a confiança do eleitor do Grande ABC em sua administração, mas este Diário, em nome da campanha que trava para trazer o Metrô à região, vai dar novo voto de confiança ao tucano, cujos representantes garantem empenho prioritário do Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista, à implantação da Linha 20-Rosa. Quarta maior produtora de riqueza do Brasil, a região merece contar com o que há de mais eficiente no transporte público de passageiros.
O endosso à nova promessa de Doria não é, evidentemente, desprovido de fundamento. Anima o jornal a movimentação da base de apoio do governador na Assembleia Legislativa. Carla Morando, líder do PSDB na casa, por exemplo, apresentou emenda ao PPA (Plano Plurianual) solicitando que o Estado inclua a implantação da Linha 20 entre as metas do quadriênio 2020-2023. É preciso que o movimento ganhe corpo para obter o respaldo dos demais parlamentares, especialmente os da região.
Também trata a Linha 20 como “uma das prioridades do governo do Estado” nota emitida pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos. Que o sr. Alexandre Baldy, responsável pela pasta, não repita desta vez a lamentável postura que adotou com a Linha 18-Bronze, quando convenceu Doria, sabe-se lá por quais razões, a substituir o já licitado monotrilho pela aventura chamada BRT, sigla pomposa para corredor de ônibus.
A Linha 18 era, no entender deste jornal e no de inúmeros especialistas consultados no âmbito da campanha cívica ‘O Grande ABC quer Metrô’, a maneira mais apropriada de realizar o sonho dos moradores das sete cidades. Já estava tudo praticamente definido, menos, segundo Baldy, de onde viria o dinheiro para a implantação do sistema. Não se sabe ainda, aliás, como a alegada falta de recursos que sepultou o projeto antigo não vai atrapalhar o novo. É essa a resposta que as autoridades, estaduais e municipais, precisam se apressar em dar. Sem verbas, não há boa vontade que resista.
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