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Campeão há 50 anos, avô vê neto repetir a história

Edson Maza conquistou o título da 1ª edição e agora comemora mais um feito da família

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
12/10/2019 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Um piscar de olhos e a vida te leva a recordar uma das melhores fases da infância. É como se o tempo permitisse sentir novamente a adrenalina de uma disputa entre colégios. Foi exatamente o que aconteceu nesta semana na família Maza. O patriarca Edson, 62 anos, campeão no basquete da primeira edição dos Jogos Escolares de Santo André, agora vê o neto, João Francisco, 9, repetir o feito 50 anos depois.

A incrível coincidência foi descoberta por acaso. João Francisco, que estuda no Colégio Jatobá, havia chegado à final e, por consequência, toda a família foi assistir. Foi então que Edson, mais conhecido como Peixeiro, teve um déjà vu, lembrou que já esteve naquela circunstância e que tinha caixinha de recordações. Quando foi ver, estava lá, uma medalha dourada, com o cordão retorcido, quase se desfazendo, mas com o aro conservado e marcado na parte de trás: ‘I Olimpíadas Escolares’ disputada há exatos 50 anos.

“Quando ele (João) foi campeão, lembrei que também tinha sido, fui procurar para ver se ainda tinha a medalha e encontrei”, explicou Peixeiro, figura carimbada do Clube Atlético Aramaçan. “Nós montamos o time de basquete na escola e depois acabamos sendo convidados pelo Paulo Albano para ir jogar na Pirelli, treinar o time feminino deles, que era muito forte. Era uma época muito gostosa”, recorda.

O veterano comemorou duplamente a conquista do neto nos Escolares de Santo André, que envolvem mais de 7.500 alunos de 88 escolas e terminam no dia 18. “Minha família sempre foi muito voltada ao esporte. Sou associado do Aramaçan há 50 anos, vivi minha vida toda aqui, meus filhos também, sempre envolvidos com esporte. Agora meu neto no mesmo caminho. Isso me deixa bastante feliz”, conta.

Realmente o esporte corre nas veias da família Maza, tanto que o pai do João e filho do Peixeiro, Gilberto, 46, também tem uma conquista dos Jogos Escolares, mas no handebol.

João, aliás, disse que sua inspiração está em casa. “Comecei a jogar basquete por causa do meu pai e do meu avô, via eles batendo bola no clube. Fiquei muito feliz quando vi que meu avô tinha uma medalha também”, revela o garoto, que já atua no time da Apaba, categoria de base de Santo André. Ele espera continuar a repetir os passos das duas gerações da família e ir além, chegar à categoria adulta, o que nem o pai nem o avô conseguiram.  




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