Atividade passou de pai para filho em banca de jornal de família em Santo André
Ao que tudo indica, os jornaleiros já contam com 150 anos de história na vida do País, e tudo teria começado com os negros escravos que saíam pelas ruas da cidade gritando as principais manchetes estampadas nas primeiras páginas de jornais da época. Com centenas de histórias sobre a profissão, hoje é celebrado o Dia do Jornaleiro, comemorado pelo importante trabalho de fazer com que as publicações impressas cheguem à população.
A região possui 354 bancas de jornais ativas, sendo 133 em Santo André, 84 em São Bernardo, 44 em São Caetano, 47 em Diadema e 28 em Mauá, enquanto Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, somados, contabilizam 18.
O jornaleiro de Santo André Genário Cícero Amaro, 59 anos, morador da cidade há 35, trabalha na banca de jornal Catende, na Avenida Itamarati, Vila Curuçá. Ele, que assumiu o lugar que era do pai, afirma que nunca se imaginou em outra área. “Acredito que esse histórico do meu pai tenha passado para mim, e sou muito feliz por isso. Aqui (na banca de jornal) fiz grandes amigos e construí boa parte da minha história de vida”, comenta.
Amaro observa o cenário atual da tecnologia e pontua sobre as vendas, que apresentaram queda durante os últimos anos. “Infelizmente, não é como antes. Hoje, é mais fácil consultar alguma coisa pela internet. Mas confesso que sou fã do impresso, principalmente pela credibilidade na leitura”, conta.
O jornaleiro trabalha com a mulher, Maria José Justino, 53, e fala sobre o que mais admira em seu ponto de trabalho. “Gosto daqui pelo lugar que conquistamos, pela calmaria, pelo ambiente e pelo conforto diário”, contextualiza Amaro.
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