O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Bernardo e Diadema vai às urnas unificado. A atual diretoria concorre em chapa única à reeleição nos próximos dias 1º e 2 de junho, fato que não aconteceu nos três últimos pleitos, nos quais a oposição concorreu. Com isso, o presidente do sindicato, Waldemar Pires de Oliveira, contará com novo mandato de três anos.
O sindicato espera a participação de todos os cerca de 5,7 mil trabalhadores filiados, de uma base formal de oito mil trabalhadores em São Bernardo e Diadema. Dos 24 membros da diretoria, houve renovação de seis nomes.
O processo eleitoral contará com urnas itinerantes – o número exato ainda será definido – e 15 urnas fixas, nas principais empresas e na própria sede do sindicato.
Os três últimos pleitos do Sindicato da Construção Civil de São Bernardo e Diadema contaram com candidaturas de oposição. "As últimas eleições tiveram um processo conturbado, com forte oposição e muitas disputas internas. Conseguimos neste ano promover um processo mais tranqüilo", afirmou Oliveira.
O dirigente sindical, há dois mandatos como presidente e há 21 anos como integrante da diretoria do sindicato, quer dar prioridade à OLT (Organização no Local de Trabalho).
"Essa será a nossa principal meta. Temos de 60 a 70 empresas com estrutura para comportar representação permanente do sindicato. O formato exato ainda será definido, caso a caso. Pode ser comissão de trabalhadores ou comitê sindical, por exemplo. Queremos nos adaptar à nova estrutura que deve surgir com a reforma sindical."
O sindicalista também pretende intensificar as fiscalizações em conjunto com a DRT (Delegacia Regional do Trabalho) de São Bernardo. "As fiscalizações trabalhistas no ramo da construção civil precisam ser constantes, porque a rotatividade é muito grande. Às vezes, no intervalo de um mês, quase todos os trabalhadores de uma obra foram trocados."
Oliveira afirma que, devido às fiscalizações, o nível de informalidade no ramo foi reduzido nos últimos dois anos. "Em São Bernardo e Diadema, além dos oito mil trabalhadores formais, temos cerca de 500 informais, aproximadamente. Esse número era pelo menos duas vezes maior."
O sindicato encerrou a negociação trabalhista de 2005, encabeçando um grupo de 22 sindicatos da CUT do interior do Estado de São Paulo. A categoria, com data-base em maio, conseguiu reajuste de 8,12% (acima da inflação estimada para o período, entre julho de 2004 e maio deste ano), e a renovação da cláusulas sociais da convenção coletiva anterior.
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