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Prazo para centro de ferramentaria é adiado

Inicialmente prevista para julho, divulgação do projeto deve acontecer em setembro, confirma ministério

Por Yara Ferraz
Do dgabc.com.br
31/08/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A definição do centro de pesquisa e desenvolvimento de ferramentaria, que prevê geração de 300 empregos diretos, sofrerá atraso. Com possibilidade de ser instalado no Grande ABC, o projeto deve fazer parte do programa do governo federal destinado ao setor automotivo, o Rota 2030, e tinha previsão de divulgação de suas diretrizes até julho, porém, segundo o Ministério da Economia, isso agora só deve acontecer até o fim de setembro. A escolha do local só sai depois dessa etapa.

O programa Ferramentarias Mais Competitivas prevê unidade onde devem ser criados projetos e produzidas ferramentas. O intuito é estimular a cadeia produtiva e ajudar na recuperação do segmento. A Prefeitura de Santo André colocou à disposição terreno de 30 mil metros quadrados em parte do parque tecnológico na Avenida dos Estados. São Bernardo também confirmou interesse em oferecer área, no bairro Demarchi.

Além do Grande ABC, São José dos Campos, no Vale do Paraíba, também tem interesse em receber a estrutura.

Porém, para isso, o projeto precisa ser selecionado pelo governo federal. De acordo com o Ministério da Economia, o programa se encontra em fase de credenciamento, o que inclui avaliação jurídica da parceria a ser estabelecida entre a pasta e a instituição que propôs a iniciativa. “A previsão é que os programas prioritários sejam credenciados até o fim de setembro”, informou.

O comitê gestor é o responsável por aprovar os programas e as montadoras – atualmente 43 empresas estão habilitadas ao Rota 2030 – podem escolher em quais deles depositarão os recursos. “Basicamente o conselho gestor estabeleceu grupos de trabalho que avaliaram e discutiram as propostas, tendo selecionado as que foram consideradas mais bem estruturadas e interessantes pelo conjunto de atores”, informou o ministério. No total, foram recebidas 34 propostas para integrar a política destinada ao setor.

Para fazerem parte do Rota e, consequentemente, serem contempladas com isenções fiscais de até R$ 1,5 bilhão por ano, as empresas automotivas precisam investir R$ 5 bilhões em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Esse aporte também pode ser realizado por firmas que importam autopeças, que, em vez de pagar imposto de 2%, depositariam este montante.

Segundo o diretor executivo do SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) Wellington Messias Damasceno, a principal preocupação é o tempo para o anúncio da decisão. “Esse recurso das empresas já poderia estar sendo aplicado e teria um impacto positivo nas ferramentarias e em toda a cadeia automotiva”, afirmou. Segundo ele, a verba seria um respiro para o setor de ferramentaria, que ainda amarga efeitos da crise econômica. “É um recurso que entraria na base do setor e seria convertido principalmente em P&D e qualificação dos trabalhadores”, disse.<EM>

Questionado sobre o assunto, o Consórcio Intermunicipal informou que o diretor de programas e projetos da entidade regional, Giovanni Rocco, tem reunião marcada para a próxima semana com o secretário especial adjunto do Ministério da Economia, Igor Calvet, para tratar do polo de ferramentaria. “O Consórcio mobilizou integração dos agentes do setor com o poder público e a região está organizada para a vinda deste equipamento. A decisão, entretanto, fica a cargo do governo federal”, informou por meio de nota. 




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