Apesar da funcionalidade estar disponível em quatro municípios da região, usuários ainda preferem sistema de papel ou parquímetro
Quatro cidades da região contam com sistema de pagamento de Zona Azul por aplicativo: Santo André, São Caetano, Diadema e Mauá. Apesar da praticidade de se resolver tudo pelo celular, nos municípios com maior adesão menos da metade dos motoristas utiliza o aplicativo.
Para alguns munícipes, ainda não há a confiança necessária no sistema. Moradora de São Caetano, a doula Deborah Delage, 56 anos, circula pela região e sempre que precisa parar em alguma vaga administrada pelo poder público utiliza parquímetros (onde o pagamento é feito por moedas, na hora) ou compra os cartões de Zona Azul. “Soube de casos em que a pessoa usou o aplicativo e mesmo assim foi multada”, justificou. “Confio mais no papel”, finalizou.
Em Santo André, 25% dos pagamentos de julho foram feitos por meio eletrônico. A cidade conta com 4.605 vagas de Zona Azul em 157 vias. A arrecadação é bastante flutuante, segundo a administração municipal. O DET (Departamento de Engenharia de Tráfego) avalia a ampliação do sistema para outras regiões da cidade, que ainda está em estudos técnicos. O recurso obtido com os estacionamentos é repassado mensalmente (52,03% do faturamento líquido) para o Fumcad (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente). O restante fica com a Estapar, empresa que gerencia o aplicativo de estacionamento, para cobrir custo com pessoal, manutenção e implantação do sistema.
São Caetano detém o maior índice de adesão, que ainda assim não chega à metade dos motoristas: 40% dos condutores. A cidade não informou número de vagas e arrecadação.
Entre os motoristas de Diadema, apenas 15% usam a funcionalidade. O município conta com aplicativo Fácil Estacionar desde fevereiro. Atualmente, a cidade tem 900 vagas no sistema, com expectativa de ampliar para 2.500 em locais a serem definidos por meio de estudos. São arrecadados R$ 85 mil ao mês, destinados do Fundatran (Fundo de Assistência ao Trânsito).
A Prefeitura de Mauá não informou a proporção de condutores que utilizam o meio eletrônico de pagamento. São 55 vias com o sistema Zona Azul e 1.415 vagas ao todo. A arrecadação mensal média é de R$ 9.000 e o recurso é investido em ações de educação no trânsito.
São Bernardo ainda não conta com meios eletrônicos para pagamentos. O sistema rotativo do município atua com cartões de estacionamento que devem ser preenchidos pelo munícipe. Segundo a administração, o processo licitatório para concessão do sistema, que está em andamento, englobará a implementação de um aplicativo de celular para pagamento de estacionamento. São 2.884 vagas, que geram receita média de R$ 638 mil por mês. Todo o valor arrecadado é destinado à manutenção dos programas sociais da Fundação Criança, como o próprio rotativo, informou a Prefeitura.
Ribeirão Pires tem 420 vagas de Zona Azul em 34 vias e estuda a adoção da tecnologia por aplicativo. Rio Grande da Serra não respondeu até o fechamento desta edição.
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