Perto do vencimento do salário de março, que acontece no quinto dia útil deste mês, os 320 funcionários do Hospital Puer, antiga maternidade Neomater, seguem aguardando o depósito dos vencimentos de fevereiro. Com problemas para realizar pagamentos desde o início do ano, a empresa promete regularizar a situação "nos próximos dias", sem, no entanto, fixar data para isso.
Para minimizar o mal-estar com os servidores, o local efetuou quarta-feira o acerto deste mês da cesta básica, no entanto, o valor compensado não custeou os meses vencidos. "Recebemos R$ 78 de cesta básica e nenhuma explicação sobre os seis meses atrasados", afirma um funcionário que preferiu não se identificar. Além disso, servidores com pouco tempo de casa reclamam de terem sido excluídos da lista de beneficiários do serviço, o que a empresa atesta que "deve ser regularizado no próximo pagamento".
Os vale-transportes também seguem incertos, de acordo com o servidor. Para trabalhar nos primeiros dias de abril, os funcionários tiveram que tirar do próprio bolso o dinheiro para bancar a condução. "Recebemos até o dia 31 o benefício, mas em dinheiro. Depois, com a proximidade do feriado, não recebemos nada. Não temos recebido os tíquetes, como acontecia antes", atesta.
Em nota, a administração do hospital afirma que "está se empenhando ao máximo na busca de recursos para regularizar a situação dos salários, vale-transporte e cesta básica pendentes", mas não divulgou data e para acertar os débitos.
HISTÓRICO - O Puer assumiu a Neomater em outubro do ano passado, após série de problemas da antiga administração na manutenção do hospital e manteve cerca de 30% do quadro.
Na mudança de controle, a Neomater possuía cerca de R$ 1 milhão em dívidas , sendo pouco mais de R$ 600 mil em débitos trabalhistas. A Puer credita o problema nos pagamentos ao bloqueio das contas feito pela Justiça no início deste ano para quitar dívidas com antigos servidores do local.
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