Palavra do Leitor Titulo
Trânsito já matou mais de 43 milhões

O primeiro veículo foi patenteado por K. Benz, em 29 de janeiro...

Por Dgabc
14/02/2013 | 00:00
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Artigo

O primeiro veículo foi patenteado por K. Benz, em 29 de janeiro de 1886. Revolução extraordinária da vida pessoal e social, porque a ele deu-se mais valor do que mero meio de transporte. Virou símbolo de status, assim como do modelo da economia fordista (produção industrial em série). Depois da invenção do veículo o conceito de distância (de espaço) nunca mais foi o mesmo. Claro que a internet provocou revolução maior: tudo ficou mais reduzido ainda (espaço e tempo).

A soma do carro com a internet produziu a crença de que a velocidade é a marca registrada da vida moderna. O planeta está unificado (o navio global tornou-se único). Nossas comunicações ganharam ou passaram a velocidade da luz.

Com a motorização massiva (e crescente - no Brasil, 75 milhões de veículos em 2012) também surgiram enormes e graves problemas. Com base em Montoro González, autor espanhol, podemos destacar os seguintes: ruído, contaminação e desequilíbrio do meio ambiente, necessidade de infraestrutura, problemas de mobilidade, fontes de energia, falta de espaço nas cidades, congestionamentos e, claro, mortes e feridos no trânsito.

Nem o mais pessimista dos seres humanos poderia imaginar, no fim do século 19, que o trânsito viria a matar em pouco mais de um século (115 anos) cerca de 43 milhões de pessoas e ferir mais de 2 bilhões. Somente no Brasil foi quase 1 milhão de mortes, entre 1980 a 2010. Seguindo esse ritmo, projeção realizada pelo Instituto Avante Brasil demonstra que, no ano de 2012, o montante de mortes no trânsito chega a 46.396 pessoas, o equivalente a cinco óbitos por hora, e total de 1.024.999 mortes em relação a 1980. Quase 2,5% de todos os óbitos do planeta no trânsito ocorreram no Brasil.

A capacidade de evitar mortes no trânsito constitui excelente índice do nível de organização do País, assim como da sua civilização, que é conceito coligado com a modernidade. O país que não consegue diminuir as mortes no trânsito ou nem sequer conta com plano de prevenção de mortes nessa área, sem sombra de dúvida, pode-se dizer país (automobilística e estatisticamente falando) atrasado. O Brasil, neste campo, é País atrasado. É chegado o momento de assumirmos nossas responsabilidades e deixarmos de culpar o destino (a fatalidade) e jogar tudo na conta de Deus.

Luiz Flávio Gomes é jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Colaboraram Natália Macedo Sanzovo e Mariana Cury Bunduky.

PALAVRA DO LEITOR

Novo papa

Melhores estilistas do mundo, joias em ouro puro, segurança 24 horas por dia (mais eficiente do mundo), garantias do menor e mais rico país do mundo, moradia e alimentação exemplares, economia sem precedentes etc. Fazem votos de pobreza?

Antônio Carlos Pattaro, São Bernardo

Garis

Perplexo, observo que os garis incumbidos da varrição das ruas Kára, Mediterrâneo e José Meza Mendonça, em São Bernardo, mal recolhem folhas na sarjeta, deixando de recolher a sujeira (folhas, ramos podres que despencam das árvores da Cidade da Criança, cartão-postal da cidade) que se acumula sobre a calçada. Dia desses, uma moradora da Rua José Meza Mendonça escorregou nesse imundo passeio e fraturou o braço. No dia 6, galho que se estendia além da rua, por falta de poda, caiu e cortou a fiação, deixando o entorno sem energia por quase três horas. Esses ramos continuam sobre a calçada. Os responsáveis pela limpeza pública precisam agir. Não é possível manter esses garis em serviço!

Nevino Antônio Rocco, São Bernardo

Em risco

Na calçada em frente à minha casa abriu um buraco durante enchente e a cratera ainda está aberta, pondo em risco as pessoas. Já acionei a Defesa Civil e até agora não tive nenhum retorno. Exponho a situação para que vejam como são tratadas as pessoas que necessitam dos serviços da Prefeitura de Diadema. No departamento de Obras disseram para eu retornar somente hoje após o almoço, sendo que o buraco está aberto desde o dia 8. Estou disposto a esclarecer qualquer dúvida. Eu e meus vizinhos temos vários problemas com enchentes e isso atrapalha muito a qualidade de vida, pois a cada chuva precisamos ficar atentos ao nível da água. Espero ajuda. Continuarei tentando resolver esses assuntos, levando em consideração também que estou sem poder guardar o carro na garagem da minha própria casa, pois o buraco está em frente.

Renan Melo, Diadema

Ignorarei

Talvez algum leitor tenha motivos para defender os agentes de trânsito, ou talvez seja um deles (Trânsito, dia 11). Eles, os agentes de trânsito, dão motivos para comentários. Já fui ofendido por um agente de trânsito simplesmente por ser idoso. Ele me disse que velho não deveria mais dirigir. Mas fique tranquilo, se o caro leitor ficou tão chateado, juro que não falo mais dos agentes de trânsito. Simplesmente vou ignorá-los!

Orlando Wohnrath Júnior, Santo André

Carnaval

O Carnaval chegou ao fim! Significa que está na hora de tirar a máscara e mostrar a verdadeira personalidade. E todo folião assim procede. Mas na política também há alguns - ou muitos - mascarados. Serão eles agora capazes também de deixar cair as máscaras? Ou preferem conservá-las até a próxima Folia de Momo? Porque, na verdade, parece sentirem-se bem dentro delas. Resta ao povo pensar melhor e conscientizar-se de que só unido poderá desmascará-los, pois, usadas há muito tempo, suas máscaras estão se solidificando e aos poucos vão se tornando reais, o que vem acarretando demora exagerada e mesmo prejuízos consideráveis na renovação de valores na administração pública brasileira.

Américo Del Corto, Ribeirão Pires




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