Mas a chuva deu uma trégua e quando a Mangueira, a segunda a desfilar na noite, passou, o tempo já era bom. Liderada po Jamelão, a Escola contou a saga dos hebreus e a formação do cristianismo. Com muito luxo, alegorias imensas e coreografias espetaculares, a verde-e-rosa empolgou o público da Marquês de Sapucaí. Entretanto, apesar do enredo, a grande homenageada pelos integrantes foi a primeira-dama da Agremiação, Dona Zica, morta no início do ano. A comissão de frente trazia uma faixa "Tia Zica, você está aqui". Havia também uma escultura dela em um dos carros alegóricos.
Em seguida foi a vez da Beija-Flor entrar na avenida. A Escola voltou a apostar na crítica social, com muitas dramatizações na avenida e um desfile carregado de emoção. O enredo cantou temas sociais, a fome e a miséria, com mendigos, criaturas das trevas, guerras e pestes. O destaque ficou por conta da madrinha da bateria Raíssa de Oliveira, de apenas 12 anos. Entre os 'famosos', estavam os participantes do Big Brother Brasil, da Rede Globo, Jean e Viviane. Neguinho da Beija-Flor, como não poderia deixar de ser, puxou o samba.
A Unidos da Tijuca, quarta escola a entrar na Marquês de Sapucaí, teve seu desfile prejudicado por uma série de imprevistos. Um carro alegórico quebrou prejudicando o enredo "A saga dos Agudás", descendentes dos escravos que retornaram do Brasil para a África e levaram para lá parte da cultura brasileira. Outro problema foi com a atriz Neuza Borges, 61 anos, que caiu de uma alegoria. Ela teve fratura na bacia e foi internada em um hospital de Copacabana, na zona sul do Rio. A comissão de frente também teve problemas com a fantasia e até a rainha da bateria, Fábia Borges, quase foi ao chão quando o salto de sua sandália se soltou.
A Porto da Pedra animou o público com um desfile considerado bom, bonito e barato. A escola levou para a avenida o enredo "Os donos da rua, um jeitinho brasileiro de ser!", tentando mostrar ao público o cotidiano das vias públicas do Rio de Janeiro, desde o Brasil-Colônia até os dias atuais.
A Mocidade Independente foi a que causou mais emoção na avenida, ao ser a penúltima escola a desfilar. O enredo, que defendia a doação de órgãos, foi a sensação do público. O carnavalesco Chico Spinoza soube explorar bem o tema. O desfile de impecável harmonia com boa evolução pode dar o titulo de campeã para a Mocidade.
A Imperatriz Leopoldinense resolveu este ano inovar com um desfile menos técnico e parece ter conseguido. Apesar de ser a última escola a passar pela avenida, muitos dos espectadores ainda presentes nas arquibancadas e camarotes receberam bem a apresentação da escola, entre eles o tenista Gustavo Kuerten. Os destaques ficaram por conta da madrinha da bateria, Luiza Brunet, que já reina absoluta na escola por quase uma década e da participação da modelo Daniela Sarahyba em um dos carros alegóricos.
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