Cultura & Lazer Titulo Luto
Adeus a Paulo Henrique Amorim

Jornalista morre aos 76 anos de infarto em sua casa, no Rio; ele será cremado hoje no cemitério do Caju

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
11/07/2019 | 08:30
Compartilhar notícia
Divulgação/Record TV


Dono de um currículo exemplar, o jornalista Paulo Henrique Amorim, 76 anos, saiu ontem de cena. Ele morreu durante a madrugada, em sua casa, no Rio de Janeiro, de infarte fulminante, após chegar de um jantar com amigos. O velório será hoje, das 10h às 15h, na Associação Brasileira de Imprensa, no Centro do Rio, e será aberto ao público. Depois será cremado no Cemitério do Caju, também na cidade. Ele deixa uma filha, dois netos e a mulher, a jornalista Geórgia Pinheiro.

Seu último emprego foi na Record, emissora onde estava desde 2003, e atualmente apresentava o Domingo Espetacular. Amorim estava afastado das funções desde junho, momento em que fazia fortes críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), principalmente no seu site e canal no YouTube, o Conversa Afiada. Em sua última postagem no Instagram, criticou o ministro da Justiça, Sergio Moro, usando uma imagem do programa humorístico do Chaves, em que o protagonista é julgado pelo professor Girafalles. “Aqui vemos um julgamento mais íntegro que os de Sergio Moro”, dizia o meme.

A emissora disse, em nota, “lamentar profundamente o falecimento de Paulo Henrique Amorim e se solidariza com os amigos, familiares e admiradores.” Lá estreou na apresentação do Jornal da Record – 2ª edição, em 2003, que depois passou a se chamar Edição de Notícias. No ano seguinte, foi criador da revista eletrônica vespertina Tudo a Ver que revelou para a televisão as apresentadoras Ana Hickmann e Chris Flores. Participou do primeiro time de apresentadores da Record News no programa Entrevista Record News – Entretenimento e, de 2006 até junho, esteve no programa dominical.

A apresentadora Ana Hickmann, deu a notícia de sua morte aos prantos. “Foi ele que me deu a chance de começar minha nova profissão na televisão e me deu grandes conselhos na minha vida. Lembro da primeira ligação me convidando para trabalhar na Record TV. ‘Como um grande jornalista como você vem procurar uma modelo para fazer esse tipo de trabalho?’ Ele falou: ‘Eu acredito em você’. Foi assim que comecei minha história na TV”, contou.

Jornalista da Record e ex-Diário, Clébio Cavagnole Cantares também sentiu a perda do colega. “Quando estava prestes a mudar para Brasília, novamente ele me parou, no mesmo corredor (da Record), e disse: “vá, mas não se esqueça que caráter não se vende”. Uma das frases que jamais vou esquecer. Podemos até não concordar com muitas coisas que ele dizia, mas ele manteve a posição que sempre teve, sob todas as ocasiões. Personalidade forte, expressões marcantes, uma voz que fará muita falta ao jornalismo brasileiro.”

Formado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, seu primeiro trabalho como jornalista foi no jornal A Noite, no Rio. Depois pelas redações da Veja, Jornal do Brasil, Manchete, Globo, Rede CNN, Band, TV Cultura, Terra, UOL e IG.  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;