Política Titulo Cenário
Foco é pasta de Saúde andreense, não eleição em Mauá, diz Chaves

Secretário é cotado a entrar no páreo pelo Paço de Mauá em 2020, porém evita cravar ida ao pleito

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
09/07/2019 | 09:01
Compartilhar notícia


Secretário de Saúde andreense e vice-prefeito de Mauá entre 1997 e 2004, Márcio Chaves (PSD) declarou que seu foco atual é a atuação no primeiro escalão do governo Paulo Serra (PSDB). Ele rechaçou, ao Diário, que seu nome esteja colocado como pré-candidato na disputa de 2020 pelo Paço da cidade vizinha, que vivencia panorama incerto diante do impeachment de Atila Jacomussi (PSB), mas evitou cravar seu futuro político.

“Não cogito candidatura neste momento. É muito cedo para projetar cenário. Hoje estou concentrado no trabalho em Santo André”, pontuou o pessedista, presidente da sigla em solo mauaense e cotado a entrar no páreo na sucessão de Alaíde Damo (MDB).

Chaves está no comando da secretaria desde o fim de 2017, substituindo Ana Paula Peña Dias, e assumiu a pasta com a missão de coordenar o programa QualiSaúde. Na condição de dirigente partidário, o pessedista alegou, contudo, que pretende deixar a legenda organizada, inclusive, a chapa proporcional. “Vamos preparar bons diagnóstico e projeto, pois o cenário será bem diferente do que ocorreu na última eleição municipal (de 2016)”, disse. Ele postulou cargo de prefeito na ocasião e ficou na quarta colocação – obteve 7.691 votos. “A avaliação para definição do quadro se dará em junho do ano que vem.”

Mesmo que ponderando sobre a inclusão de seu nome na lista de prefeituráveis, o titular da Saúde de Santo André aposta que o PSD terá candidatura candidatura própria no ano que vem, evitando, porém, adiantar nomes em potencial. “(Entre as opções estudadas) Um é jovem empresário da cidade, com grandes perspectivas, e o outro se tornou forte liderança evangélica”.

O ex-vice-prefeito de Mauá considerou que o panorama instável no município vizinho ainda “pode ficar mais bagunçado” frente ao julgamento de recurso que trata da cassação de Atila no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) – análise sem data para ocorrer. “Tem possibilidade de reversão de Atila na Justiça. Existe momento de apreensão, concretamente as coisas não acontecem, situação é muito delicada. Atualmente, o cenário de forças competitivas seria com o clã Damo/Grecco, que acredito que seja encampado pela própria Alaíde, tem o PT e uma terceira via que deve surgir, espaço que o Atila já ocupou”, avaliou Chaves. “O sentimento é de frustração, pois a cidade aguardava por mudança que o Atila poderia representar. Mauá estacionou.” A briga no PT está entre o vereador Marcelo Oliveira, o ex-vice-prefeito Paulo Eugenio Pereira Junior e o ex-triprefeito Oswaldo Dias.

O pessedista já foi candidato à Prefeitura mauaense em três oportunidades – além de 2016, encabeçou projeto em 1992 e 2004. Há 15 anos enfrentou nas urnas o marido de Alaíde, Leonel Damo. Então pelo PT, Chaves foi o mais votado no primeiro turno do pleito, com 45,77% dos votos, porém, a Justiça Eleitoral cassou a candidatura por propaganda irregular durante a campanha, o caso conhecido como túnel do tempo, e suspendeu a empreitada antes da etapa derradeira. Leonel, que teve 39,63% dos sufrágios e ficou em segundo lugar, assumiu o Paço no fim de 2005. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;