Política Titulo Metrô na região
Estado reserva R$ 20 mi para Linha 20-Rosa

Morando avalia possibilidade de em cinco anos haver ligação com a Linha 1- Azul, na Estação São Judas

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
07/07/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O governo do Estado reservou R$ 20 milhões do orçamento para a execução do projeto funcional da Linha 20-Rosa do Metrô, que ligará o bairro da Lapa, Zona Oeste da Capital, ao Rudge Ramos, em São Bernardo, e há perspectiva de, iniciadas as obras, em até cinco anos existir ligação do ramal com a Linha 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi). A informação foi repassada pelo prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB).

O tucano esteve presente no anúncio do resgate do estudo do modal, na quarta-feira, no Palácio dos Bandeirantes, ao lado do governador João Doria (PSDB), do vice-governador Rodrigo Garcia (DEM), do secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, e de outros prefeitos da região.

Em 2012, o governo do Estado incluiu a Linha 20-Rosa no plano diretor de expansão do Metrô. O ramal tem 25 quilômetros e demanda investimento de R$ 10,1 bilhões. São Bernardo seria contemplada por três estações – Afonsina (que fará interligação com a Linha 18-Bronze, via BRT, o corredor de ônibus de alta velocidade), Rudge Ramos e Taboão. A proposta foi engavetada na gestão anterior e recuperada agora.

“Ela nasce em São Bernardo. Tem prazo mais extenso, claro. Mas é modal muito melhor, indiscutivelmente. Ela chega projetada e integrada a três outras linhas de Metrô, a 1-Azul, a 4-Amarela a 5-Lilás”, discorreu Morando.

A partir da contratação do plano funcional, etapas precisam ser vencidas antes de a licitação ser colocada na rua, como realização de audiências públicas e até a confecção dos projetos básico e executivo. Por isso, conforme Morando, não é possível estimar data de início de obras. Entretanto, ele acredita ser possível que, iniciadas as intervenções, “entre quatro e cinco anos” a futura Linha 20-Rosa fará conexão com a Linha 1-Azul por meio da Estação São Judas, na Zona Sul. Ele comentou que o Estado se comprometeu a inverter o cronograma de obras – antes, a linha seria construída a partir da Lapa; agora, o ponto inicial é São Bernardo.

“Há necessidade reprimida. Estamos estrangulados no acesso à Capital. O BRT já oferecerá alternativa e o Metrô consagrará a alternativa. Naturalmente a cidade passa a ter nova característica. Podemos atrair moradores da Capital para cá. Traz divisas de todas as ordens. Impulsiona o comércio e a indústria, todos ganham. (O bairro do) Ipiranga mudou completamente sua performance urbanística depois do Metrô, para muito melhor”. A Estação Alto do Ipiranga, da Linha 2-Verde, foi inaugurada em 2007.

Morando declarou ter em mente locais para a construção das estações. A Afonsina será no fim da avenida de mesmo nome, na Vila Vivaldi. A Rudge Ramos, entre a Metodista e a Igreja São João Batista. E a Taboão, perto da companhia da PM (Polícia Militar). O desenho definitivo sairá no projeto executivo.

Morando também celebrou o fato de sua mulher, a deputada estadual Carla Morando (PSDB), estar na Assembleia para acompanhar o andamento do projeto. “Agora nosso papel é cobrar. Eu, como prefeito, e a Carla, como deputada da cidade. É monitoramento constante para imprimir velocidade. Eu confio na palavra do governador João Doria. Do pacote (de mobilidade), foi a maior conquista para o Grande ABC”, disse, lembrando que, além do BRT, o Estado anunciou revitalização dos trens da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e a construção da Estação Pirelli, em Santo André, do mesmo ramal. 




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