Os argentinos Tomás Ciarrochi, 22 anos, e Andres Cano, 23, presos pela Polícia Federal de Florianópolis acusados de colocar uma nota falsa de US$ 100 em circulação, serão interrogados pela Justiça na próxima segunda-feira. Eles já tiveram o pedido de habeas corpus negado duas vezes pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região sob a alegação de que retornariam imediatamente ao seu país caso fossem libertados, "dificultando a instrução criminal".

No último dia 9, a dupla fez uma compra de R$ 6 em um supermercado e tentou pagar com a nota de US$ 100 — como a cidade recebe muitos turistas, alguns estabelecimentos aceitam moeda estrangeira. O caixa, suspeitando da situação, chamou o gerente, que levou a nota até uma casa de câmbio e teve a confirmação de que tratava-se de dinheiro falso.

De acordo com o cônsul da Argentina no Brasil, Valdo Palmai, "os argentinos estão chocados com a severidade da lei brasileira". Ele argumentou que se isso ocorresse com um turista brasileiro, apenas seria cobrada "uma pequena multa". No Brasil, o crime pode implicar em pena de três a 12 anos de prisão.