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Desarmamento em duas cidades da região é prorrogado
Por Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
23/12/2004 | 11:39
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A campanha de desarmamento continua até 23 de junho em Diadema e São Caetano. Uma MP (Medida Provisória) do governo federal prorrogou o prazo que deveria terminar nesta quinta-feira. Mauá, que também adotou a campanha, encerrou o recolhimento de armas nesta quarta. Em janeiro, a OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) vai recolher armas nas subsedes da região, mas a data ainda não foi definida. Até esta quarta, haviam sido entregues 1.825 armas nos três postos do ABC – 63% em Diadema.

A secretária de Defesa Social de Diadema, Regina Miki, acredita na queda de criminalidade com a redução de armas em circulação. "Quanto mais recolhermos, melhor." Dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública indicam que a campanha ajudou a diminuir em 18% os crimes com arma de fogo na Grande São Paulo.

Mas a estatística mais precisa foi feita na Região Metropolitana de Curitiba (PR), que aponta queda de 27% no número de homicídios no primeiro semestre deste ano. Os estudos do governo do Paraná também revelam que 95% dos homicídios ocorrem com uso de arma de fogo. Do total de assassinatos, 60% é cometido por pessoas sem antecedentes criminais e 50% entre conhecidos.

São Caetano acertou a prorrogação da campanha com a Polícia Federal na segunda-feira. Até esta quarta, 430 armas haviam sido entregues na cidade.

Com o início do recolhimento da OAB em janeiro, seis cidades da região terão postos para receber armas até junho.

Brasil – No país, foram tiradas de circulação cerca de 215 mil armas desde o início da campanha. O chefe do Serviço Nacional de Armas, Fernando Segóvia, disse que o objetivo da União é chegar a um total de 400 mil armas recolhidas. "A população refletiram sobre a necessidade em se manter uma arma, um instrumento que só gera violência", diz Segóvia sobre a campanha, que superou a meta inicial de 80 mil unidades.

Para avançar no desarmamento, a Polícia Federal precisa de mais dinheiro. O governo federal destinou R$ 30 milhões ao programa. Hoje, há cerca de R$ 7 milhões no caixa da Polícia Federal. Só para pagar o total de armas já recolhidas (215 mil), estima-se que seriam necessários R$ 32,5 milhões. Cada pessoa que entrega uma arma recebe de R$ 100 a R$ 300 de indenização. Mais informações sobre postos e procedimentos de entrega pelo telefone 0800-770-55-59.




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