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Igreja de 239 anos é atração na região central
Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
20/06/2019 | 07:30
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Bem no Centro de Itu, compondo a Praça Padre Miguel, que ficou nacionalmente conhecida por abrigar os objetos exageradamente grandes, como o semáforo e o orelhão, está a suntuosa Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária. A construção, que se destaca na paisagem moderna da região, é do ano de 1780 e, em 1987, foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), sendo considerada o maior patrimônio do barroco paulista.

Uma das curiosidades é que a igreja foi construída sobre capela que existia no local, da qual restou apenas a imagem de Nossa Senhora da Candelária – que foi restaurada entre 2016 e 2017 –, recebendo revestimento em ouro, assim como a escultura original de Nossa Senhora da Candelária. Outro detalhe que chama atenção é o fato de a fachada ter sido terminada em 1831, ou seja, 51 anos após o santuário ter sido inaugurado, quando ganhou a torre central e os sinos.

Dentro da igreja, alguns objetos chamam atenção, como um órgão (instrumento musical) construído por Aristide Cavaillé-Coll, organeiro francês, em 1883. É um instrumento de dois manuais e pedaleira, com 12 registros.

Para manter a estrutura original o mais fiel possível, a igreja passou por diversas intervenções ao longo dos anos, principalmente na fachada. A maior delas talvez tenha acontecido no fim do século XIX, e foi executada pelo arquiteto Ramos Azevedo e pelo engenheiro Paula Souza.

Com o interior adornado em estilos barroco e rococó, abriga obras-primas em talha, pinturas dos artistas José Patrício da Silva, Padre Jesuíno do Monte Carmelo e Almeida Júnior. No teto da sacristia, há pinturas da artista italiana Lavínia Cereda, de 1878, que foram executadas a pedido do padre Miguel Corrêa Pacheco.

Os alicerces e as paredes são em saibro com pedregulhos pilados, existindo grossas peças de madeira em seu interior. Por mais que tenha completado 239 anos desde a inauguração, a igreja está razoavelmente bem conservada, muito por conta dos projetos de restauração. O último foi concluído em abril de 2017 e custou R$ 6,8 milhões, em convênio da prefeitura de Itu com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Atualmente, outras obras de restauro de menor porte continuam acontecendo, agora sob condução da ONG Museu a céu aberto.
 




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