Setecidades Titulo Mobilidade urbana
Estado reconhece necessidade de modal além do rodoviário

Em agenda em Santo André, ontem, vice-governador Rodrigo Garcia confirmou para o dia 30 anúncio sobre a Linha 18-Bronze do Metrô

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
19/06/2019 | 07:00
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Pixabay


 A 12 dias do anúncio sobre a decisão do modal para a Linha 18-Bronze, que ligará o Grande ABC à Capital, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), afirmou que o governo estadual sabe que a região carece de alternativa além do transporte rodoviário e que estudos estão sendo concluídos para indicar o melhor modelo para a região. A declaração foi feita na manhã de ontem durante inauguração do COI (Centro de Operações Integradas) em Santo André.

Desde março, sob determinação do governador João Doria (PSDB), grupo de trabalho conduz estudos para verificar se a Linha 18-Bronze do Metrô será construída de acordo com o projeto original, com monotrilho, ou será trocada por BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus).

“Estamos concluindo (os estudos) para mostrar o melhor modal, aquele que é viável economicamente para a região. Sabemos que a região carece de um modal além do rodoviário”, afirmou Garcia. O governo estadual tem usado como argumento para a mudança do projeto original da Linha 18 a falta de recursos para pagar as desapropriações (estimadas em R$ 600 milhões) e também ausência de previsão orçamentária para as intervenções. “Acompanhei que o governo federal estava disposto a financiar parte da obra, mas é importante deixar claro que o volume de financiamento não cobre nem 7% daquilo que é necessário para o monotrilho.”

O vice-governador se refere à reportagem publicada pelo Diário em 6 de junho, na qual o governo federal acenou com possibilidade de recursos para a Linha 18. “De nossa parte, estamos abertos. Existe relacionamento excelente entre os governos do Estado e federal e tenho certeza de que a solução que será apresentada (para a construção do ramal na região) será a melhor possível”, afirmou o secretário nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, Jean Carlo Pejo, durante agenda no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. No dia seguinte, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, responsável pelo projeto, afirmou que pretendia solicitar ao governo federal recursos do OGU (Orçamento Geral da União) para a obra.

O projeto de monotrilho estava orçado em R$ 4,26 bilhões em 2014, data da assinatura de PPP (Parceria Público-Privada) entre o governo estadual e o Consórcio Vem ABC para a consolidação da obra. O grupo aguarda desde novembro do ano passado pelo sexto aditivo do contrato e, diante do cenário, já cogita entrar na Justiça para pleitear indenização do valor já investido – por volta de R$ 50 milhões.

“O Consórcio Vem ABC ganhou uma licitação que tem uma previsão de investimento muito alto, que naturalmente nós temos dificuldade de iniciar. Nós não temos fonte de financiamento nem de recursos próprios. Então, cabe à parte técnica do governo identificar se tem alguma alternativa àquilo que foi contratado. Se eles participarão ou não deste novo processo, vamos avaliar. Se tiver direito, vamos ressarcir e, se não tiver direito, vamos questionar”, ressaltou Garcia.

Conforme o vice-governador, o prazo para anúncio da escolha está mantido para 30 de junho. “O fundamental é que vamos apresentar uma solução rapidamente, concreta e de curto prazo para atender o Grande ABC. A pior situação é que a gente está vivendo hoje, você não tem o inicio da construção do monotrilho e não tem uma alternativa a ele.”




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