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Torcida esquece times da Segundona
Thiago Silva
Do Diário do Grande ABC
28/06/2011 | 07:30
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A diretoria do Esporte Clube São Bernardo tentou, mas não conseguiu mudar a partida contra o Mauaense, no Baetão, pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista, de sexta-feira para domingo. Isso porque a Federação Paulista estipula prazo mínimo de dez dias para efeturar a troca. Um dos objetivos da alteração seria aumentar a média de público, já que na sexta-feira à noite, poucas são as testemunhas no estádio. Em quatro jogos como mandante, o Cachorrão levou apenas 112 pagantes (média) às arquibancadas, o 14º pior público da Segundona entre 44 clubes.

Porém, não é apenas o Esporte Clube que possui estatística ruim. O Mauaense registra apenas 64 pagantes por confronto e ocupa a 35º posição no geral, enquanto o Palestra tem a pífia média de 50 pessoas, à frente apenas de seis clubes, sendo que três - São Vicente, Atibaia e Brasilis - receberam todos os duelos com os portões fechados.

"A (Segunda) Divisão é pouco divulgada e fomos mal no passado. Acredito que se passarmos à próxima fase, teremos destaque maior", ponderou o diretor de futebol do EC São Bernardo, Valdemar Loureiro.

Com pouco público, consequentemente as rendas são baixas. O São Bernardo arrecada em média R$ 625 por partida. Palestra e Grêmio Mauaense têm valores menores: R$ 417 e R$ 270 por jogo, respectivamente. Porém, os números são, na realidade, menores. "Distribuímos a maioria dos ingressos. Se 100 pessoas foram ao estádio, 85 ganharam bilhetes da diretoria. O que arrecadamos não dá para pagar os gandulas, mas eles (torcedores) não vão caso não distribuirmos", lamentou Loureiro.

Segundo o presidente do Grêmio Mauense, Joaquim Antonio Ferreira Neto, o pouco público é um mal na região. "No nosso caso, falta identificação do time com a cidade. São 500 mil habitantes e não há um jogador de Mauá no time e nem o técnico é da cidade. Também temos de ter um time vencedor. São Caetano e Santo André também não levam público aos estádios quando estão por baixo", frisou o dirigente, que inocentou o São Bernardo FC, que administra a equipe "Eles têm escolinhas em Mauá e demora um pouco para aparecer atleta no time principal."

Para solucionar o problema, o vice-presidente do Palestra, Fábio Cassettari, deu como exemplo o do próprio Tigre, que levou mais de 10.000 pessoas por jogo na Série A-1. "O modelo de vender ingressos para as empresas é interessante. Acho que seria uma boa ideia", avaliou.

 




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