Economia Titulo Preocupação
Investidor retoma cautela e Ibovespa fecha em queda de 1,42%
05/06/2019 | 18:27
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Pixabay / banco de imagens


O cenário doméstico voltou a pesar no mercado brasileiro de ações e o Índice Bovespa terminou a quarta-feira, 5, com queda significativa, na contramão do bom desempenho das bolsas de Nova York. A palavra "cautela" voltou às mesas de negociação depois do adiamento da votação do crédito suplementar pedido pelo governo e de especulações sobre um possível estudo para flexibilização do teto de gastos após a aprovação da reforma da Previdência. Assim, o Ibovespa terminou o dia em queda de 1,42%, aos 95.998,75 pontos. Os negócios somaram R$ 12,4 bilhões.

Embora as bolsas de Nova York tenham subido, as commodities metálicas e energéticas tiveram uma sessão de perdas, com reflexo direto sobre as ações da Petrobras, Vale e siderúrgicas. As ações do setor financeiro, bloco de maior peso na composição do Ibovespa, também tiveram perdas expressivas. Ao final dos negócios, Petrobras ON e PN registraram quedas de 1,41% e 1,30%. Vale caiu 1,47%.

Ao longo de todo o dia, houve forte expectativa pela sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que vota a liminar que impõe necessidade de aval do Legislativo para a alienação de controle de empresas públicas. O assunto interessa especialmente aos investidores de Petrobras, uma vez que a estatal pretende vender a transportadora TAG, dentro do seu plano de desinvestimento.

"A dificuldade de votar o crédito extra de R$ 248,9 bilhões solicitado pelo governo ao Congresso acende uma luz amarela, uma vez que a oposição faz exigências para votar a matéria", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença Corretora. Os partidos de oposição exigem do governo a garantia de R$ 11 bilhões para recompor orçamentos da Educação e do Minha Casa Minha Vida, entre outros.

Já as especulações sobre uma flexibilização do teto de gastos levaram a uma aceleração da alta do dólar e dos juros, que acabou por levar o Ibovespa à mínima de 95.685,84 pontos (-1,74%). O Ministério da Economia negou a informação. Ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, uma fonte do ministério explicou que a proposta foi aventada, mas o governo acredita que está cedo para uma discussão como essa. A discussão ocorreu no governo na busca por formas de tentar estimular a economia, mas foi descartada, afirmou a fonte.




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