A previsão de fortes altas nas vendas de veículos – apontada desde o início do ano – foi confirmada com dois recordes históricos em março. Segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), divulgados terça-feira, no mês foram emplacadas 343.029 unidades, crescimento de 20,67% em relação ao mesmo período de 2006.
Somado o resultado ao acumulado, o primeiro trimestre se encerra com 397.891 veículos comercializados, incremento de 19,71% sobre 2006 (ver tabela). Os números superam o desempenho de 1997, ano considerado marco para a indústria automotiva nacional.
Apesar da relevante alta nas vendas, o presidente da entidade, Sérgio Reze, afirma que esse não será o patamar de crescimento. “O mercado vai se acomodar. Acreditamos que o setor cresça entre 10% e 11% neste ano.”
Entre automóveis e comerciais leves, saíram das revendedoras 183.742 unidades em março. O resultado é 24% superior ao mesmo mês de 2006 e 31,6% a fevereiro deste ano, quando 118.799 unidades foram emplacadas.
Em alta - Os segmentos que mais se destacaram no período foram o de caminhões e de máquinas agrícolas, que conseguiram se recuperar da crise registrada até setembro passado. O setor de veículos de carga apontou incremento de 15,89%, ante março de 2006. Ao todo foram vendidas 7,8 mil unidades.
“A venda de caminhões só não foi maior porque há fila de espera nas montadoras”, avalia Reze. Segundo ele, como a demanda interna cresceu e os contratos externos não podem ser desfeitos, as fábricas precisam de tempo para aumentar a capacidade de produção. “No ano passado eles tiveram que compensar a baixa do mercado interno com contratos estrangeiros. A lista de espera de todas as montadoras está entre 35 e 40 dias”, observa.
Já o crescimento do segmento de máquinas agrícolas ultrapassa 46%, com 2.651 unidades emplacadas. Para o presidente da Fenabrave, o setor agrícola ficará estável neste ano, propiciando o aumento nas vendas.
O único setor que mostrou desempenho negativo foi o de ônibus. Segundo Sérgio Reze, a queda de 14,84% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2006 não é muito relevante. “O mercado de ônibus sofre muito com a sazonalidade. Quem sabe com o problema aéreo as pessoas passem a utilizar mais os ônibus e, assim, a compra aumenta”, ironiza.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.