Aliado de Doria estava certo para integrar time do tucanato, mas terminou com a suplência
De última hora, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), ficou fora da lista de titulares da executiva nacional do PSDB. Morando seria indicado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e até havia espalhado nos bastidores políticos da cidade que teria posto de prestígio junto à direção nacional do tucanato. A convenção foi ontem, em Brasília.
Morando seria vogal da executiva nacional, em espaço aberto para prefeitos. A confiança era tamanha que ele levou para Brasília sua mulher, a deputada estadual Carla Morando, e três vereadores tucanos de São Bernardo: Almir do Gás, Pery Cartola e Ary de Oliveira. A posição pleiteada, porém, foi ocupada por Duarte Nogueira, ex-presidente do PSDB estadual e atual prefeito de Ribeirão Preto. Morando ficou apenas como suplente.
Outra mudança significativa foi na vice-presidência. A senadora Mara Gabrilli, de São Paulo, que estava cotada para a função, perdeu espaço para Domingos Sávio, deputado federal por Minas Gerais e ligado ao parlamentar federal e ex-presidenciável Aécio Neves.
O Diário apurou que a retirada de Morando da lista foi articulada por César Gontijo. Gontijo foi secretário geral do PSDB paulista e, nos bastidores, nunca apresentou afeição a Morando. O ex-dirigente paulista não só tirou Morando do quadro de titulares da executiva nacional como conseguiu vencer batalha interna para ser tesoureiro da sigla. A modificação teria até gerado bate-boca entre Gontijo e Morando.
O jornal Folha de S.Paulo informou que a briga entre ala ligada a Aécio Neves e o grupo de Doria adentrou a madrugada antes da convenção – mineiros questionavam o tamanho da influência de Doria no comando do tucanato. Assim, série de indicações previamente acertadas foi modificada.
O comando nacional do partido ficou com o ex-deputado federal Bruno Araújo. Embora considerado da ala de Doria, Araújo teria, nas últimas semanas, conversado com o governador paulista com a intenção de declinar do posto, mas foi convencido a ficar. Outro revés de Doria foi a manutenção de ex-presidentes no quadro de honra da executiva – assim, o ex-governador Geraldo Alckmin, ex-padrinho e agora desafeto, segue com força.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.