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Apoios de políticos a Bolsonaro minguam
Por Raphael Rocha
28/05/2019 | 07:00
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No segundo turno da eleição presidencial, o que mais se viu no Grande ABC foi político aderindo à campanha do então candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro. O discurso era o de que Bolsonaro personificava o antiPT – embora alguns desses políticos que explicitaram voto no então deputado federal tivessem feito ressalvas a respeito de temas que o capitão reformado pregava, como a liberação do porte de armas. Passada a eleição, com vitória expressiva de Bolsonaro, e com a dificuldade do novo governo em articular com Congresso, Estados e municípios, o que se vê agora na região é pouca legião de figura pública a defender Bolsonaro. A manifestação de domingo, a favor do governo, foi retrato deste cenário. Raros políticos do Grande ABC estiveram na Avenida Paulista, onde se concentrou maior número de manifestantes. E mais raros ainda os que, publicamente, se posicionaram a respeito dos atos.

BASTIDORES

Reforma
No Congresso Nacional, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não escondeu descontentamento pelo fato de ter sido vilanizado durante as manifestações pró-Jair Bolsonaro (PSL) no domingo – na Avenida Paulista, por exemplo, havia boneco contra o democrata, no estilo do pixuleco, que ficou popular nos atos a favor do impeachment de Dilmar Rousseff (PT). Há, inclusive, possibilidade de Maia pautar um dia de votação – fim de junho – e, assim, jogar a responsabilidade de aprovação da reforma da Previdência ao governo, que ainda sofre em sua articulação no Congresso.

Sama
A prefeita de Mauá, Alaíde Damo (MDB), oficializou a nomeação de Luís Antonio Ferreira como superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá). Será a segunda vez que ele administrará a autarquia – ficou dois meses, entre outubro e dezembro de 2008, no fim do governo de Leonel Damo, marido de Alaíde. Ferreira substitui Heloise de Oliveira Villela com ingrata missão: a de frear a influência política do secretário de Saúde de Mauá, Rogério Zutin.

Formação
Ex-prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (Patriota) mostra mesmo que está disposto a recuperar a cadeira. Tanto que patrocinou curso de gestão e formação política para filiados do PR ribeirão-pirense, trazendo lideranças da região para ministrar as aulas. Na quinta-feira, por exemplo, o presidente da Câmara de São Caetano, Pio Mielo (MDB), será o palestrante.

Cadastramento
A Justiça Eleitoral de São Bernardo montou na Câmara estande para cadastramento biométrico de eleitores da cidade. No município, a regra passará a ser obrigatória apenas em 2022, mas o objetivo da campanha é o de evitar filas no fim do prazo. O serviço ficará no Legislativo até o fim da semana.

Sondagem
Com o avanço de uma pré-candidatura do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) à Prefeitura de Diadema em 2020, voltou a crescer um movimento para que o ex-prefeito Mário Reali (PT) seja candidato a vereador no ano que vem, como puxador de votos da bancada. Isso porque a tendência é a de que, com Filippi prefeiturável, o vereador Ronaldo Lacerda (PT) fique na vice do cacique petista local. Lacerda foi o parlamentar mais bem votado de Diadema em 2016 (5.700 votos) e sua saída da chapa proporcional é baixa importante na contagem dos votos. Vale lembrar, porém, que Reali rechaçou essa possibilidade em 2016 – e deve rejeitar de novo. 




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