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Dólar tem maior queda semanal desde janeiro, mas segue acima de R$ 4,00
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24/05/2019 | 18:14
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O real foi a moeda de país emergente que mais se fortaleceu nesta sexta-feira, 24, ante o dólar, pondo fim a dias conturbados no mercado de câmbio brasileiro. A sessão foi marcada por enfraquecimento geral da moeda norte-americana no exterior, tanto ante divisas de emergentes como de países desenvolvidos, com a expectativa de que avancem as negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Na semana, o dólar acumulou queda de 2,07%, o maior recuo em cinco dias desde o final de janeiro.

Operadores destacam que o ambiente político mais ameno e o mercado externo mais calmo contribuíram para a queda do risco Brasil e o fortalecimento do real.

O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa de 0,80%, a R$ 4,0152, a menor cotação em 10 dias.

Apesar do dia mais calmo nesta sexta-feira, profissionais de câmbio destacam que o patamar de R$ 4,00 se transformou em um nível de resistência para a baixa do dólar.

A moeda só cairia de forma consistente abaixo deste nível se houver notícias positivas concretas sobre a tramitação da reforma da Previdência no Congresso. Caso isso ocorra, pode testar o intervalo de R$ 3,90/3,95.

Os estrategistas em Nova York do banco americano Citi acreditam que já há uma boa quantidade de más notícias incorporadas no câmbio. Mas a expectativa ainda é de volatilidade alta na moeda americana no mercado doméstico durante a tramitação da reforma da Previdência na comissão especial. Eles acreditam que o texto seja aprovado em junho na comissão e até o final do ano receba o aval final do Congresso.

O gestor da Gauss Capital Carlos Menezes destaca que o aumento dos ruídos políticos em Brasília a partir de meados do mês levou muitos fundos e investidores estrangeiros a aumentarem a busca por proteção no dólar e em posições defensivas no mercado futuro.

Nos últimos dias, o clima mais ameno em Brasília e o avanço de algumas medidas, como aprovação da Medida Provisória (MP) 870, que reorganiza os ministérios, provocaram o desmonte destas posições por fundos e estrangeiros.

Para Menezes, o foco mais imediato do mercado vai ser a manifestação pró-governo prevista para domingo, 26. A dúvida é qual será a adesão da população ao evento. Isso vai ser crucial para avaliar as consequências do movimento.

Outro ponto de atenção vai ser a participação dos filhos do presidente Jair Bolsonaro e eventuais postagens na rede social da família.




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