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Palocci apresenta lista de prioridades no Congresso
01/06/2005 | 23:55
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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, apresentou nesta quarta à Câmara de Política Econômica do governo a lista dos projetos prioritários para a administração federal no Congresso. O movimento está em sintonia com as novas atribuições informais de Palocci – que, desde o início da crise aberta pelas denúncias de corrupção nos Correios, amplia a participação na coordenação política. A relação de Palocci inclui a reforma tributária, a regulamentação da Lei de Falências, a normatização das agências reguladoras e o marco regulatório do resseguro.

A avaliação no Poder Executivo é de que, depois da derrota com a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios, a base aliada precisa de uma agenda para conseguir retomar a iniciativa política no Legislativo. O chefe da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República, Aldo Rebelo, consultará agora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre projetos do interesse de outras áreas do Executivo que podem ser incluídos no rol. É o caso da reforma universitária, proposta pelo Ministério da Educação, ou do marco regulatório da área de saneamento básico, sugerido pelo Ministério de Cidades.

Depois disso, Rebelo pretende procurar parlamentares aliados e também oposicionistas para negociar um compromisso mínimo de votações no resto do ano. Além do ministro da Fazenda e do chefe da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República, participaram da reunião desta quarta da Câmara de Política Econômica, o presidente do BC (Banco Central), Henrique Meirelles, e o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Márcio Fortes.

O líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (MS), comemorou a decisão do Palácio do Planalto de apresentar uma proposta de questões positivas, com temas cuja discussão pode reduzir o impacto negativo dos desdobramentos da CPI dos Correios.

De acordo com Amaral, a base política no Senado está acuada e desorganizada por causa do acúmulo de denúncias de corrupção na estatal. Na tentativa de buscar alternativas para melhorar a coesão dos governistas na Casa, ele reuniu-se nesta quinta com outros dois aliados do Planalto: os líderes do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP).

Parlamentares governistas queixam-se da falta de definição da Presidência da República no caso da CPI. Nem todos concordam com a avaliação, corrente entre os membros da coordenação política do governo, de que a crise produziu ao menos um efeito positivo: a reorganização momentânea da base aliada, cujos líderes teriam deixado as divergências de lado para trabalhar juntos. Muita gente do Congresso reclama que a administração federal até agora foi incapaz de definir uma estratégia clara para enfrentar a ameaça de CPI. O Poder Executivo, crê a maioria dos aliados, tem condições de barrar a comissão, mas precisa dar um sinal mais concreto do que quer que seja feito.




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