Na semana passada, Zeppini prestou depoimento à polícia no qual teria afirmado que Faria Lima beneficiou-se do esquema de cobrança de propina na Regional de Pinheiros. De acordo com depoimento do ex-chefe da Fiscalizaçao daquela administraçao regional, os fiscais teriam sido obrigados a arrecadar R$ 120 mil mensais para o vereador.
Faria Lima nao comentou e nem concedeu entrevistas porque nao foi oficialmente comunicado da denúncia e o seu advogado, cujo nome também nao foi revelado, ainda nao teria tomado conhecimento da íntegra do depoimento. Em nota à imprensa Faria Lima disse desconhecer o teor exato das declaraçoes de Zeppini.
No documento, Faria Lima disse, ainda, ser preciso levar em consideraçao que a tentativa de escapar de uma acusaçao é acusar outras pessoas. Zeppini foi condenado a cinco anos de prisao e está preso.
O parlamentar lembrou ter aberto o seu sigilo bancário desde março deste ano e se colocado à disposiçao das autoridades competentes para qualquer esclarecimento. Os assessores políticos de Faria Lima comentam, em conversas reservadas, que se Zeppini disse realmente que a reuniao na qual teria sido definida a cota mensal ocorreu em fevereiro de 1998, a informaçao é incoerente.
No início do ano passado, Faria Lima, que controlava politicamente a Administraçao Regional de Pinheiros, criticou o ex-secretário municipal da Saúde Massato Yokota por causa da intençao de fechar hospitais filiados ao Plano de Atendimento à Saúde (PAS). Em retaliaçao, o Executivo exonerou o administrador regional nomeado pelo vereador e indicou um novo engenheiro.
Alguns meses depois, Faria Lima passou a liderar o grupo dos rebeldes -- que chegaram a exigir o impeachment de Pitta. Os assessores de Faria Lima acreditam que as informaçoes sao, no mínimo, incoerentes, porque o vereador já nao tinha nenhuma ascendência política sobre a Regional de Pinheiros.
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