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Desfecho épico

Jornada, que teve início em 2008, chega ao fim em filme de três horas e um minuto de duração

Richard Molina/Especial para o Diário
24/04/2019 | 07:09
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Divulgação


Você pode ter visto todos os 21 filmes que antecederam o lançamento de Vingadores: Ultimato no cinema, mas não há nada que te prepare para o que está por vir quando a sessão começar, a partir de amanhã, em grande parte das salas de cinemas espalhadas pelo Grande ABC.

A jornada, que teve início em 2008 com o primeiro Homem de Ferro, e ao longo de 11 anos nos apresentou Hulk, Thor, Capitão América, Viúva Negra e Gavião Arqueiro, entre dezenas de outros personagens, chega ao fim em filme de três horas e um minuto de duração. É possível sentir, do começo ao fim, a imensidade do planejamento e da realização desse projeto tocado de forma ímpar pela Marvel Studios.

Espetáculo visual à parte, a produção possui algumas das cenas mais carregadas dramaticamente de toda a franquia. Robert Downey Jr., em estado de graça e comunhão com seu Tony Stark, entrega uma das melhores performances e imprime em tela o significado perfeito da palavra heroísmo. A ele se juntam Scarlett Johansson e Jeremy Renner, em sequência premeditada, cujo peso é sentido da preparação até seu fim. Isso não é à toa. Em universo lotado de heróis superpoderosos, capazes de cruzar galáxias num piscar de olhos, levantar prédios e manipular a realidade, sãos os ‘meros’ humanos que realizam os maiores atos dessa jornada, custe o que custar.

Por ser um filme longo – a média das obras cinematográficas gira em torno de duas horas –, o desafio de manter a atenção do espectador é maior ainda. Ultimato atinge esse objetivo com preparação sólida, baseada em desenvolvimento de personagens e roteiro que leva o espectador a lugares e momentos conhecidos e queridos da história dos Vingadores na última década. É uma jornada emocionante tanto para o público quanto para a equipe, que leva algumas figuras para fins definitivos. Mérito dos roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely, que se permitem até mesmo extrapolar certas regras conhecidas da cultura pop para elevar a empolgação a níveis estratosféricos de êxtase nerd.

A fotografia espelha o tom derradeiro do filme e o estado de desolação ou esperança em que o planeta Terra e o universo se encontram após o estalo de dedos de Thanos em Vingadores: Guerra Infinita (2018). Tons lavados e escuros dão lugar ao branco e às luzes que aparecem até no figurino utilizado pelos heróis em sua missão para trazer de volta os amigos caídos.

A trilha sonora também merece destaque. Embora não tão brilhante quanto no capítulo anterior, Alan Silvestri conduz a narrativa e expande o impacto emocional dos acontecimentos sem ofuscar o significado deles. A direção de Anthony e Joe Russo resulta em lutas bem filmadas e coreografadas, destacando a performance dos atores e promovendo verdadeira apoteose no ato derradeiro da história.

O último capítulo da ‘Saga do Infinito’, como está sendo chamada essa fase de longas da Marvel que culmina em Ultimato, é épico, emocionante e promete ser satisfatório para os fãs. Pode-se culpar os méritos do próprio filme por isso, mas essa é a grande sacada. Sua força está na construção impecável de universo coeso e instigante, que teve seus altos e baixos como toda franquia, mas que nunca deixou as deficiências serem motivo para comprometer o planejamento maior do estúdio.

Ter a oportunidade de acompanhar o progresso dessa história desde o início, na companhia de personagens tão queridos pelo público, é enorme presente para o público, fãs ou não. Para quem já os conhecia das páginas dos quadrinhos, acaba por ser sonho que virou realidade e que se concretizou com todos os louvores em um filme que não acaba na sala de cinema. É para ver e rever na imaginação quantas vezes o coração pedir. 

Ingressos esgotaram antes da estreia

Vingadores: Ultimato demonstrou seu poder de fenômeno cultural no primeiro dia de pré-venda. Em 2 de abril, os sites de vendas de ingressos ficaram congestionados com a quantidade de acessos e o portal da rede UCI chegou a sair do ar por causa disso.

Só no Brasil, há mais de 900 sessões lotadas para a estreia do filme, e as projeções iniciais apontam que a bilheteria pode chegar a US$ 950 milhões logo no seu primeiro fim de semana, sendo que a pré-venda nos Estados Unidos já soma US$ 140 milhões.

No Grande ABC, a situação se repete. Amanhã, no Extra Anchieta, em São Bernardo, por exemplo, todas as salas irão exibir o filme. O mesmo ocorrerá no Mauá Plaza.

E hoje, às 22h, haverá um bate-papo de influenciadores digitais sobre o filme no São Bernardo Plaza Shopping (Avenida Rotary, 624), antes da pré-estreia, no Cinépolis do local.




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