A divulgação da ata da última reunião do Copom revela que o Banco Central...
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A divulgação da ata da última reunião do Copom revela que o Banco Central deixou de mirar no centro da meta de inflação para trabalhar com as folgas admitidas pelos intervalos, o que possibilita calibrar a política monetária sem sufocar a atividade econômica. Esta aparente flexibilização nos remete a discussão maior, que seria a flexibilização do tripé de política macroeconômica adotado no governo FHC e mantido ao longo dos oito anos do governo Lula.
No tocante à flutuação parcial da taxa de câmbio percebemos que, ainda que informalmente, as autoridades trabalham com sistema de bandas, dentro das quais a moeda estrangeira flutua com restrições e com o olhar atento do Banco Central. Esta é a razão pela qual a taxa praticamente deixou de flutuar com mais intensidade, estando semifixa nos últimos meses e, de acordo com a maioria dos analistas, permanecerá nesse patamar nos próximos meses.
O superavit primário, que se constitui como a parte fiscal do tripé, há muito foi abandonado pelo governo, ao menos no que tange ao rigor do cumprimento das metas. O governo tem se utilizado de truques contábeis para apresentar os resultados planejados, ou então flexibilizado, para baixo, a proporção dessa economia de recursos em relação ao PIB. O tripé de política macroeconômica foi decisão acertada, do ponto de vista macroeconômico, da gestão FHC, razão pela qual foi mantido pelos seus sucessores. Entretanto, nos últimos anos a economia mundial se alterou substancialmente, e com ela, a brasileira.
A flexibilização do câmbio é o resultado da robustez de nossas reservas internacionais, o que propicia maior poder de fogo ao Banco Central nas suas intervenções de compra e venda. O atual nível de paridade da nossa moeda com o dólar não constrange o setor exportador e amortece tensões inflacionárias, sem prejudicar os importadores.
As reduções da taxa Selic são bem-vindas e, a despeito do Banco Central, pela leitura da ata, entrar em compasso de espera quanto a baixas adicionais, o alívio dado até aqui às contas públicas dará fôlego para que o governo possa canalizar seus esforços na geração dos resultados fiscais projetados, sem levar em consideração os benefícios ao barateamento do crédito. O governo tem se utilizado da flexibilização destes instrumentos com cautela e isso terá reflexos a partir de 2013, quando a economia brasileira voltará a crescer. A conferir.
Ricardo Balistiero é coordenador do curso de Administração do Centro Universitário Instituto Mauá de Tecnologia.
Palavra do Leitor
Que haja luz!
A iluminação pública em Santo André está cada vez mais precária. Não há luz na Avenida dos Estados próximo à UFABC há mais de 15 dias. Em frente à Igreja do Bonfim está tudo apagado há uma semana. A Rua Colúmbia tem vários trechos na escuridão. Nas imediações da Craisa está tudo apagado. Centro da cidade com problemas em várias ruas. Me parece que não há uma só rua na cidade que tenha todas as lâmpadas acesas. Como pode um prefeito que sequer consegue manter acesas as lâmpadas da cidade pleitear mais quatro anos de mandato?
Francisco de Oliveira Junior
Santo André
Incoerência
Na propaganda de Fernando Haddad, Lula diz que ‘o povo não é burro', no entanto, ele pede aos eleitores paulistanos para optarem pelo ‘novo', enquanto em Diadema, manda fazer exatamente o oposto, não arriscar. Chega ao ridículo de tentar amedrontar a população ao comparar a eventual vitória de Lauro Michels à de Fernando Collor, em 1989. Afinal, é para renovar ou não? E o Collor, não acabou virando aliado do PT?
Antônio Cesar Scopel
São Bernardo
Melhoramentos
Nos Estados Unidos os professores estão sendo testados a melhorar seus salários melhorando sua performance. Por que não adotar o mesmo critério no Brasil para pagar vereadores, deputados e senadores? Com certeza o País iria dar uma melhorada!
Izabel Avallone
Capital
Resposta das urnas
O resultado das urnas demonstrou que candidatos a vereador que tiveram discurso bairrista não conseguiram convencer o eleitor a praticar o voto provinciano. Isso significa que o nível de politização do eleitor está acima do nível do candidato. O eleitor tem a consciência de que o limite de atuação do vereador são as divisas de município. E que as políticas públicas devem ser produzidas para a cidade e não para os bairros isoladamente. Resultado bairrista é nocivo para a democracia, pois massacra a cidadania e desqualifica as organizações populares. A população do bairro Jordanópolis, em São Bernardo, foi vítima desse discurso desqualificado, dispolitizante. Não se pode permitir que candidato que se pretende representar o povo adote comportamento estreito dessa natureza. No frigir dos ovos tiveram que amargar os resultados insignificativos das urnas.
Gércio Vidal
São Bernardo
Menos trabalho
Estarrecido, caro leitor Mário Rodrigues Souza (Só três dias, dia 24), deveria ficar o povo brasileiro. Pergunte aos ‘nobres deputados' se eles irão receber, também, pelos três dias de ‘trabalho árduo', ao invés de receber por cinco dias (faz de conta). E ainda votam nessa ‘trupe' para legitimar o mandato. Acorda, povo!
Luiz Felipe Mendes de Oliveira
Santo André
Postes
Cada poste que Lula escolhe para iluminar o Brasil custa bem caro e a moeda corrente chama-se ‘ministério'. Não à toa que existem quase 40 no estoque.
Eliana França Leme
Capital
Gratidão
Como brasileira agradecida, desejo ao ministro Joaquim Barbosa boa viagem e que volte logo, para que os brasileiros, que sentem nas veias o calor do patriotismo e o respeito por esta terra abençoada por Deus, voltem a sentir orgulho da nossa nacionalidade, porque estamos cansados de andar de cabeça baixa. Meus respeitos, senhor ministro! Que Deus o ilumine.
Maria José Castiglioni
Santo André
Apoio ao ex
Estou muito decepcionada com Marina Silva e Erundina. Ambas foram rejeitadas pelo PT, mas estão correndo para apoiar em Campinas e em São Paulo os candidatos do ex-partido. Estes apoios soam estranhos para aqueles que votaram nelas, mostrando que não concordavam com o partido dos mensaleiros! Querem o quê?
Tania Tavares
Capital
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