Considerado um dos principais atacantes da história do
Azulão, ele ficou 2 anos sem atuar após descobrir arritmia
Um dos principais atacantes da história do São Caetano, fundamental para a conquista do Campeonato Paulista de 2004, o atacante Fabrício Carvalho credita o susto pela morte do ex-companheiro de Azulão, Serginho, à interrupção da carreira por dois anos.
Na ocasião, os exames médicos pós-férias dos jogadores do São Caetano apontaram arritmia cardíaca em Fabrício. O atacante ficou afastado dos gramados até que, após ser avaliado pelo médico Sérgio Rassi, voltou as atividades como jogador.
"Logo depois do que ocorreu com o Serginho, fiquei muito preocupado. Tive receio de que acontecesse o mesmo comigo após a descoberta da arritmia. Mas com a força de Deus superei esse momento tão difícil e hoje posso jogar normalmente", comentou Fabrício.
Porém, no período em que teve de deixar sua carreira de lado, o atacante não acreditou nos médicos do Azulão. Hoje, passados sete anos, reavalia sua posição.
"Na hora que a gente recebe uma notícia dessas fica nervoso, agitado, querendo buscar culpados. Mas hoje entendo que ninguém teve culpa de nada, se (os médicos) falaram é porque existia mesmo problema. E não tenho que culpar ninguém por isso", afirmou Fabrício.
O matador revelou com certa angústia o período em que recebeu a notícia de que teria que parar de jogar. O jogador vivia sua melhor fase no futebol. "Tinha acabado de ser campeão e vinha fazendo muitos gols. Foi um momento difícil, mas aprendi muita coisa, apesar de ter interrompido minha carreira. Fiquei mais perto da família, de quem gosta de mim e isso me fez crescer pessoalmente", comentou.
Após o afastamento, Fabrício voltou ao futebol em 2007, defendendo o Goiás. Depois de rodar por várias equipes, o jogador hoje defende a Ferroviária, que sonha em retornar à elite do futebol paulista. "A Série A-2 não é nada fácil. Tem jogos de quarta, domingo, e pouco tempo para descansar. Mas deixamos o cansaço de lado e estamos na disputa", disse o jogador, que soma dez gols no torneio.
Mas foi no clube do Grande ABC que Fabrício viveu seus melhores momentos, de onde guarda recordações com carinho. "São Caetano tinha ótimo ambiente. O clube carregava aquele estigma de vice. Cheguei em ano no qual iria disputar quatro competições. E um diretor me falou: ‘Pelo menos um título será nosso'. Foi o melhor momento da minha carreira, eliminamos o São Paulo no Morumbi com dois gols meus nas oitavas de final, goleamos o Santos na semi por 4 a 0, após empate de 3 a 3 na Vila Belmiro. E derrotamos o Paulista de Jundiaí na final do Estadual", relembrou Fabrício.
Jogador torce para que ex-clube recupere a auto estima
Ídolo do São Caetano, Fabrício Carvalho torce para que o time recupere o bom desempenho apresentado nas competições no começo dos anos 2000, e consiga novamente brigar por títulos.
"Fico triste porque desde que sai, apenas em 2007 o time teve boa campanha. Depois não se firmou mais. Hoje poucos falam do São Caetano, mas na nossa época foi o clube que mais cresceu. Apesar do pouco tempo disputando competições, era o segundo time do torcedor brasileiro. Hoje não se fala muito do clube", destacou.
Segundo o jogador, a atual estrutura do Azulão é bem melhor que a de anos atrás, e por isso, a agremiação tem condições de ir mais longe.
"É clube correto, que paga os jogadores em dia. E tem ótima estrutura, até melhor do que quando eu estava lá. Sempre que posso, visito o São Caetano, e posso dizer que melhorou bastante. A gente fica triste por isso, pois o clube estava em alta. No Campeonato Brasileiro não está tendo força para subir, mas confio no time e espero que reaja e tenha a mesma força de antes", disse Fabrício. TB
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