Economia Titulo Na ponta do lápis
Ovos de Páscoa variam até 25% no Grande ABC

Diário foi em cinco mercados da região, para comparar 17 itens; especialista recomenda a pesquisa

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
11/04/2019 | 07:03
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Celso Luiz/DGABC


A pouco mais de uma semana da Páscoa, que neste ano é comemorada em 21 de abril, os consumidores já começam a buscar os ovos de chocolate para presentear familiares e amigos. No entanto, é preciso ter atenção aos preços, já que a variação de um mesmo produto pode chegar a até 25% em pontos de venda diferentes.

O levantamento foi feito pelo Diário em seis supermercados do Grande ABC, ontem, sendo eles: Nagumo (Vila Alzira), Carrefour (Vila Homero Thon), Coop (Perimetral), Extra (Centro) e Chocolândia, em Santo André, além do Sonda localizado na Avenida Pereira Barreto, em São Bernardo. Foram consultados os preços de 17 itens.

O produto que apresentou a maior oscilação foi o Prestígio de 195 gramas. Ele custa R$ 27,99 no Sonda e no Nagumo, mas pode chegar a R$ 33,99 no Carrefour (variação de 25,01%). Apesar disso, ele é uma das opções mais econômicas da lista, já que os preços podem chegar a R$ 89,99, caso do Ferreiro Rocher de 365 gramas no Carrefour (o mesmo item pode ser encontrado a partir de R$ 74,99, no Sonda, ou seja, R$ 15 mais barato).

Os ovos com temática infantil, que sempre vêm acompanhados de brindes, também apresentam oscilação significativa. O Surpresa de 150 gramas, que traz brinquedos com temática da floresta, dinossauro ou mar, varia até 22,2%, ou seja, custa a partir de R$ 46,99, no Carrefour, mas pode chegar a R$ 54,98 no Nagumo. Já o Kinder Ovo de 150 gramas é encontrado por R$ 41,90 na Chocolândia, mas chega a R$ 49,99 no Extra e no Carrefour.

De acordo com o especialista em direito do consumidor Jairo Guimarães, do escritório Leite e Guimarães, a orientação é que nestes casos os pais façam as compras sem os pequenos e pesquisem. “A orientação é não caírem nessa estratégia de venda. É abusiva e forma desleal de atrair as crianças”, disse ele, destacando que o ideal é “procurar a racionalidade no consumo e evitar o impulso”.

Quanto aos ovos em geral, o advogado destacou que o preço elevado acontece por conta da sazonalidade. “É o custo de oportunidade. O fornecedor aproveita o momento para ganhar. Aí, a proteção do consumidor é fazer a pesquisa de preços e pechinchar”, disse ele, que também recomendou a compra de ovos caseiros, que costumam oferecer preços mais atrativos.

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) também orienta que o consumidor analise se vale a pena investir em ovos de Páscoa em vez de chocolate ou outro alimento mais saudável que pode ser presenteado durante a data. Além de também destacar a importância de uma pesquisa entre lojas.

SETOR - A Abicab (Associação Brasileira das Indústrias de Chocolates, Amendoim e Balas) está otimista para a Páscoa. Em 2018, foram produzidas mais de 11 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa, 26% a mais do que em 2017. Os dados de 2019 ainda não foram divulgados. “Estamos confiantes. O mercado de chocolate volta a ganhar penetração nos lares brasileiros com maior consumo de ovos e figuras de Páscoa, como também de produtos regulares. A indústria tem amplo portfólio, que agrada a todos os perfis dos brasileiros”, afirmou Ubiracy Fonsêca, presidente da associação.
 




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