Alunos da EE Carlina Caçapava de Mello foram liberados após depoimento
A PM (Polícia Militar) deteve, na manhã da terça-feira, três adolescentes que estariam planejando ataque similar ao ocorrido na EE Raul Brasil, em Suzano, no dia 13, e que deixou dez mortos. O alvo do trio seria a EE Carlina Caçapava de Mello, no bairro Santa Teresinha, em Santo André.
Segundo informações da polícia, vídeo suspeito estaria circulando por aplicativo de mensagem entre a comunidade escolar. O material chegou ao conhecimento da diretora da unidade de ensino, que acionou as autoridades.
Na terça-feira, por volta das 9h20, a PM abordou os rapazes, todos alunos da escola, sendo um menor. Ao ter acesso aos celulares do trio, a polícia encontrou conversas que indicariam o planejamento de atentado. Os adolescentes foram levados ao 2º DP (Parque das Nações), onde o caso foi registrado. Em seguida, foram liberados. O vídeo e as conversas ainda serão periciados.
A Diretoria Regional de Ensino de Santo André informou, em nota, que os responsáveis pelos alunos foram chamados à escola e um supervisor de ensino foi enviado para acompanhar o caso. “O conselho escolar vai se reunir para decidir quais medidas pedagógicas serão adotadas. As aulas estão acontecendo normalmente.”
A Secretaria da Educação do Estado reiterou que possui parceria com a Ronda Escolar da PM para policiamento no entorno das unidades e que a diretoria da EE Carlina Caçapava de Mello está à disposição para quaisquer esclarecimentos.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo não se pronunciou até o fechamento desta edição.
EM SUZANO
Dois atiradores – Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25 – assassinaram oito pessoas, deixaram outras 11 feridas e se mataram. Os dois eram ex-alunos da EE Raul Brasil. Eles portavam um revólver calibre 38 com numeração raspada, um machado, uma besta (item medieval, como arco e flecha), coquetel molotov (arma química incendiária) e mochila com fios.
Segundo as investigações, cada atirador deveria matar um desafeto antes do massacre. O alvo de Castro seria um vizinho – às 8h10 do dia 13, ele foi até a casa dele e encontrou o portão trancado. Já o objetivo de Monteiro era matar o próprio tio, que o demitiu.
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