O Dia Mundial da Água, comemorado hoje, deve ser uma data para reflexão. Principalmente sobre o que cada pessoa pode fazer para manter as fontes de água potável que ainda resistem e, principalmente, de que forma impedir que as nascentes e reservatórios que servem às cidades se tornem depósitos de detritos e que, com o passar do tempo, fiquem impróprios para o consumo humano.

Pequenas atitudes tomadas no dia a dia podem ser fundamentais para a manutenção dos recursos hídricos. O lixo que é jogado na rua, se não for recolhido, certamente irá parar no leito dos rios, somando-se a centenas de milhares de outros objetos, também descartados irregularmente. Em uma cadeia destrutiva impensável e sem condições de ser quantificada.

Atualmente os rios que cortam as cidades do Grande ABC são imensas fontes de problemas. Em tempos de estiagem, atraem infestações de insetos e outros parasitas. Na época das chuvas, mostram sua face mais destruidora, quando o volume de água supera as barrancas, transforma-se em enxurrada e invade ruas, residências e o que encontrar pela frente, causando mortes, destruição e doenças.

Nem sempre foi assim. Em passado quase recente, esses mesmos cursos d’água serviam como fontes (no sentido mais amplo da palavra) de água potável, diversão e até de renda. Se agora as pessoas nem lembram dessa imagem, é por culpa única e exclusiva de quem vive às suas margens. De quem não cuidou ou, pior, estragou o que a natureza sabiamente construiu.

O alento é que ainda existe esperança. Exemplos vindos do Exterior, como os rios Tâmisa, em Londres (Inglaterra), e o Sena (Paris, França), foram recuperados.

Por aqui, iniciativas são colocadas em prática. A utilização de água de reúso por empresas e também projeto da Sabesp que já reduziu a mancha de poluição do Tietê são exemplos. Porém, o que dá mais esperança é saber que as crianças estão mais conscientes que os adultos. Elas são o futuro, merecem ter vida melhor, e com água boa em abundância.