A Prefeitura de Santo André oficializou, ontem, a entrega das chaves de 910 moradias dos conjuntos Novo Pinheirinho e Santo Dias. Juntos, os empreendimentos possuem oito blocos, com quinze andares cada, todos com apartamentos de 54 metros quadrados, varanda, elevador, estacionamento e playground.

Em modelo inédito adotado pelo município, que aposta na verticalização das moradias, os conjuntos atenderão 410 famílias provenientes de cadastro feito por movimentos pró-moradia, além de 500 removidas de áreas de risco.

Conforme o secretário nacional da Habitação, Celso Matsuda, os empreendimentos servirão de modelo no que diz respeito a futuros projetos da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida. “É um projeto que será multiplicado pelo País por ser referência. Os conjuntos mostram que não trata apenas de casa popular, mas sim de moradias dignas com infraestrutura necessária e obra compartilhada por diversos setores.”

Ao todo, R$ 103 milhões foram investidos na construção das unidades. O montante envolve verba do governo do Estado – por meio do programa Casa Paulista –, da União e contrapartida municipal. O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) também esteve envolvido no processo como entidade gestora.

Com a entrega dos empreendimentos, segundo o prefeito Paulo Serra (PSDB), a administração alcança em pouco mais de dois anos o cumprimento parcial de seu plano habitacional, que prevê construção de 3.066 moradias até o próximo ano. “Conseguimos viabilizar modelo que acreditamos, de habitação popular com qualidade de infraestrutura, tirando famílias de áreas de risco”, disse. De acordo com o secretário executivo de Habitação do Estado, Fernando Marangoni, o fim da espera dessas pessoas é reflexo da articulação entre órgãos públicos em prol da população.

As 910 famílias beneficiadas pelo projeto serão convocadas ao longo desta semana para assinatura do contrato. Caso da dona de casa Simone Ferreira Matheus, 42 anos. Depois de sete anos de espera, ela retirou ontem a chave da primeira casa própria. “É uma emoção que não tem como explicar. Só penso em entrar no meu lar e dormir em algo que é meu.”