Setecidades Titulo Após três anos
Santo André entrega unidades habitacionais no Jardim do Estádio

Conjuntos Novo Pinheirinho e Santos Dias são destinados a 910 famílias cadastradas por movimento de moradia e removidas de áreas de risco

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
15/03/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 A espera por moradia de 910 famílias dos conjuntos habitacionais Novo Pinheirinho e Santos Dias, ambos em Santo André, está prestes a acabar. Após três anos de obras, os dois empreendimentos serão entregues à população no domingo. A informação foi confirmada ontem pelo prefeito Paulo Serra (PSDB). 

Em modelo inédito implantado pelo Estado, os dois conjuntos – erguidos em terreno localizado no Jardim do Estádio –, juntos, contarão com 15 edifícios, todos com infraestrutura completa que dispõe de apartamentos de 54 metros quadrados, varanda, elevador, estacionamento e playground. 

Ao todo, R$ 50,6 milhões foram investidos na construção das unidades. A obra teve apoio do governo do Estado – por meio do programa Casa Paulista –, da União – por intermédio do Programa Minha Casa, Minha Vida Entidades – e contrapartida municipal.

“Tratam-se de dois empreendimentos completos, com toda infraestrutura necessária. Conseguimos construir mais moradias numa única área, ao permitir a verticalização dos projetos, ao mesmo tempo em que a estrutura mantém um padrão de excelência com todos os serviços necessários às famílias”, aponta Paulo Serra.

A entrega dos apartamentos encerrará a espera de sete anos de 500 famílias removidas de áreas de risco da cidade e de outras 410 vindas de cadastro do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

No caso dos beneficiários provindos do movimento, a história pela conquista da casa própria teve início em março de 2012, quando integrantes do grupo ocuparam o terreno particular no Jardim do Estádio, onde foram erguidas as novas moradias. 

Após um ano e meio de árdua negociação junto à administração municipal, famílias do MTST deixaram o local no fim de 2013 com o compromisso de construção do hoje conjunto Novo Pinheirinho, nome dado à antiga ocupação.

Presente naquele movimento, a dona de casa Silvana Almeida Novaes, 52 anos, será uma das contempladas. “Dormi mais de um ano lá para ter o direito da minha primeira casa própria e agora estou a menos de uma semana da tão sonhada hora de pegar a chave nas minhas mãos. Confesso que é difícil não me emocionar neste momento”, desabafa.

Depois de migrar nos últimos dez anos por diversas invasões em áreas de risco, ela conta que fez questão de participar da construção das unidades. “Trabalhei durante dois anos na cozinha fazendo o almoço dos operários. Era uma forma de retribuir tudo isso.”

Para o secretário executivo de Habitação do Estado, Fernando Marangoni, a entrega dos empreendimentos será um marco na nova política habitacional da Região Metropolitana de São Paulo. “ Um modelo pioneiro que servirá de exemplo para demais cidades e que, com certeza, será expandido.”




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