Mesmo depois de tantos esforços, as tropas da coalizão ainda não conseguiram o controle total da cidade. Focos de resistência continuam atacando os soldados e os combates continuam em pontos isolados da cidade. O comando do Exército americano admite que a tomada de Fallujah pode demorar "mais alguns dias" para se concretizar.
A cidade está completamente em ruínas. Os bombardeios aéreos ainda persistem. Os fornecimentos de água e energia elétrica estão suspensos há oito dias. A ajuda humanitária também está suspensa, pois não há como garantir segurança para os médicos e voluntários. Ambulâncias do Crescente Vermelho (versão islâmica da Cruz Vermelha) cheias de remédios e alimentos estão paradas no Hospital Geral de Fallujah porque não há autorização militar para o comboio transitar pela cidade.
A situação é tão crítica que o hospital geral da cidade nem mesmo atende mais feridos. Segundo uma fonte militar americana, os pacientes foram encaminhados para atendimento em Ramadi (50 km ao oeste de Fallujah) e no hospital de campanha da Jordânia. "O caminho que leva ao hospital geral está cheio de minas", explicou.
Mais violência - O Exército americano realizou nesta segunda-feira ataques aéreos e terrestres na cidade de Baaquba, ao nordeste de Bagdá, após o confronto entre rebeldes e forças de segurança iraquianas.
Segundo o sargento Steve Johnson, 20 rebeldes foram mortos nos ataques em Ramadi. Ele estimou que ainda há cerca de 85 milicianos em ação na cidade.
A polícia e a Guarda Nacional iraquianas entraram em confronto na manhã desta segunda-feira com rebeldes na cidade de Buhruz, ao nordeste de Bagdá.
Dois veículos da polícia foram incendiados por cerca de 60 rebeldes, que pegaram as armas que estavam dentro dos carros.
Nove rebeldes morreram no final de outubro em confrontos entre soldados americanos e combatentes armados em Buhruz, situada perto de Baaquba (60 km ao nordeste de Bagdá). A região é freqüente palco de ataques contra as tropas americanas e iraquianas, assim como contra autoridades locais.
Seis iraquianos, entre eles quatro crianças, morreram nesta segunda-feira por causa de disparos de morteiros num bairro do sul de Bagdá. Segundo o médico Adel Badawi, do hospital de Al Yarmouk, três homens também ficaram feridos nos ataques.
Em Mossul (norte do Iraque), sete policiais e 30 rebeldes morreram no domingo em diversos confrontos.
Em Kirkuk, também no norte do Iraque, um ataque com explosivos foi realizado contra um oleoduto secundário, provocando um grande incêndio. A obra atacada fica 60 quilômetros a oeste de Kirkuk e envia petróleo até a refinaria de Baiji.
Vários atos de sabotagem contra instalações petrolíferas no norte do Iraque aconteceram desde a queda do regime de Saddam Hussein, em abril de 2003.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.