As escolhas incluem CDs de pequenos selos independentes; grupos cuja música nunca foi lançada nacionalmente; artistas que trabalham em gêneros que são experimentais ou vanguardistas demais para as rádios; velhas lendas retornando; e jovens músicos com potencial para se tornar lendas. Muitos desses CDs podem não estar disponíveis nas grandes redes de lojas, senão em lojas de discos independentes ou em sites de internet. Algumas sugestões incluem a Other Music, em Manhattan e Boston
ww.othermusic.com); a Aquarius Records, em São Francisco (www. aquariusrecords.org), a Luna Music, em Indianápolis (www.lunamusic.net). Entre as lojas exclusivamente da internet estão www.dustygroove.com, www.tigershushi.com e www.forcedexposure.com; e, para música latina, www.descarga.com.
Os quatro críticos comentam dez CDs diferentes, cada. Curiosidade na lista é um CD de música escocesa (Moving Up Country, de James Yorkston and the Athletes), com músicas de amor, decepção e, para não dizer que não falamos de Escócia, bebedeira. Outro nessa linha é o CD de um religioso xintoísta, Ogurusu Norihide (Humour – Study and I), que une piano, batidas eletrônicas e efeitos sutis.
Veteranos também são lembrados. O saxofonista Von Freeman (The Improviser), com 80 anos, “ainda soa fresco e ousado, o que é uma boa coisa que a sabedoria do jazz aprecia com o passar do tempo”, disse Ben Ratliff. Solomon Burke, um dos melhores cantores de soul dos anos 60, “escapa do circuito da nostalgia com músicas escritas para ele por Bob Dylan, Van Morrison, Tom Waits, Elvis Costello e Brian Wilson” em Don’t Give Up On Me, segundo Jon Pareles.
Há brasileiros na lista. O percussionista Cyro Baptista, líder do grupo Beat the Donkey, “vai muito além do samba e dos ritmos do Carnaval”, segundo Pareles, em Beat the Donkey. Outros brazucas são a dupla Caetano Veloso e Jorge Mautner em Eu Não Peço Desculpa, que Ratliff chamou de “rápida união excêntrica e esperta” entre “o patriarca do pop brasileiro” (Caetano) e “um velho amigo dos loucos anos 60” (Mautner).
Ensaios futorológicos não faltam. Ratliff afirma que o álbum Unplugged, de Jay-Z, a curto prazo “não significa nada comparado aos seus álbuns de estúdio que faturaram muito. A longo prazo pode ser uma tentativa marcante e boa no hip-hop feito com instrumentos reais”. Neil Strauss disse que a banda californiana Bad Astronaut (Houston: We Have a Drinking Problem), nos piores momentos, “é média com potencial para ser excelente”. E Kalefa Sanneh vai mais longe com a banda The Used: “Um debut esplêndido para uma banda de rock de Utah que, em breve, pode não mais aparecer em listas como essa”. A conferir.
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