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Ciúme faz homem matar estudante em Santo André
Glauco Araújo
Do Diário do Grande ABC
25/10/2003 | 19:03
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Uma cena de ciúme desencadeou a morte de um estudante na madrugada deste domingo, na avenida Industrial, no bairro Campestre, em Santo André. Danilo Astolpho, 22 anos, voltava para casa com dois amigos, depois de saírem de um bar perto da avenida. Eles passaram na frente de outro bar, onde estavam os atiradores e as respectivas namoradas, que possivelmente foram os pivôs do crime.

Astolpho passou a pé na frente do bar. Na calçada, um grupo de rapazes, em motocicletas eram acompanhados de algumas mulheres. Segundo testemunhas, elas teriam olhado para Astolpho, seu amigo M.S., 18 anos, e por T., outro amigo. “Nós estávamos em sete amigos. Quatro voltaram de motocicleta para casa e nós resolvemos voltar a pé mesmo”, disse S..

No momento em que passaram pelo bar, o grupo de rapazes começou a encarar as vítimas e ofendê-las. “Virei e continuamos a andar. Não tinha motivo para arrumar confusão”, disse um dos amigos do estudante.

Os três iam atravessar a passarela da estação Utinga para seguir ao bairro Camilópolis, quando dois rapazes em uma Honda XT preta passaram a primeira vez por eles. Instantes depois, a mesma dupla passou e parou ao lado dos amigos. “Eles nos perguntaram quem de nós tinha mexido com as namoradas deles”, disse S..

Não houve tempo para resposta. O garupa da motocicleta, único que estava de capacete, sacou um revólver calibre 32 e começou a atirar contra os três amigos. “Não conseguimos falar nada. Não mexemos com a mulher de ninguém. Foi uma covardia”, falou S..

Um dos tios de Astolpho, que preferiu não se identificar, disse que o sobrinho era tranqüilo e estudava para tentar arrumar trabalho. “Ele sempre foi esforçado. Morou quase dois anos nos Estados Unidos para trabalhar e aprender a língua.”

S. foi baleado no braço direito e de raspão no peito. Mesmo ferido e, com a ajuda de T., tentou ajudar Astolpho, que ficou caído no asfalto, com dois tiros no peito. “Nós o levantamos do chão, mas os dois atiradores voltaram com a motocicleta atirando e resolvemos deixá-lo no local e fugir para não morrer”, disse S.. Astolpho foi socorrido por policiais militares, mas chegou sem vida no Pronto-Socorro Municipal.

Astolpho foi velado no Cemitério Camilópolis e sepultado às 16h30 deste domingo. Cerca de 100 amigos do bairro e parentes acompanharam a cerimônia.




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