Economia Titulo Encontro
Reunião no Palácio dos Bandeirantes tenta reverter decisão da Ford

Encontro de Orlando Morando, João Doria e diretores da montadora está marcado para amanhã, às 10h

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
20/02/2019 | 14:55
Compartilhar notícia
Nario Barbosa


O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), se reunirá nesta quinta-feira (21), às 10h, com o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), com o secretário da Fazenda paulista, Henrique Meirelles e com a direção da Ford. O objetivo é entender os motivos que levaram ao anúncio do encerramento das operações em São Bernardo e negociar estímulos tributários na tentativa de reverter a decisão.

Ontem (19), Morando afirmou estar indignado com o fato de a Ford não ter avisado e tampouco dialogado com ninguém sobre sua decisão de deixar de atuar no segmento de caminhões na América Latina. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, disse que a entidade não foi chamada a participar da reunião no Palácio dos Bandeirantes, mas avaliou a iniciativa como muito importante e disse torcer por resultado positivo. “É preciso que haja uma intervenção, pois em três semanas duas grandes montadoras anunciarem que planejam sair da região é um baque muito grande. O governo precisa reagir”, assinalou o sindicalista.

O prefeito de São Bernardo afirmou também estar inconformado com a notícia. “Sempre apoiamos o trabalhador de verdade, sempre respeitamos aqueles que geram empregos, por que agir assim?”, questionou. Ele disse também que houve contato com o gabinete do presidente da República, Jair Bolsonaro, e o prefeito aguarda o retorno.

Em vídeo publicado pela comunicação da montadora (abaixo), o presidente da Ford América do Sul, Lyle Watters, afirmou que o desempenho nessa região “não é aceitável e claramente não é sustentável, exigindo que continuemos a reformular nossos negócios com urgência”, ao anunciar o encerramento das operações de manufatura em São Bernardo durante o ano de 2019 para a linha Cargo, F-4000, F-350 e Fiesta.

“Enquanto esta foi uma decisão difícil do ponto de vista pessoal, as realidades do negócio foram evidentes. A decisão de sair do negócio de caminhões aconteceu após meses de busca de alternativas viáveis, incluindo possíveis parcerias e a venda da operação. O negócio precisaria de um volume expressivo de investimentos para atender às necessidades do mercado, incluindo novas tecnologias e aumento de ações regulatórias, sem um caminho viável para a lucratividade.” Ele prossegue afirmando que sabe do impacto para os funcionários e parceiros, mas a alternativa de não tomar ações decisivas neste momento seria muito pior para toda a organização da América do Sul.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;