Padre Giuseppe Bortolato vive seus últimos dias à frente da Basílica da Boa Viagem, a Matriz de São Bernardo. Sua saída será uma perda importante também para a história e memória do Grande ABC.
Pároco e reitor da mais antiga paróquia da Diocese de Santo André, padre Giuseppe preservou e estimulou realizações históricas, como a Festa da Boa Viagem, com a mais que centenária Procissão dos Carroceiros – o que significa até mesmo uma homenagem aos inúmeros padres que o antecederam, desde o século XIX, e às populações de católicos em várias gerações.
Padre Giuseppe também inovou, em especial editando livros que contam episódios tricentenários na Borda do Campo.
Semana passada, dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano, enviou amável carta ao padre Giuseppe, com cópia para Memória. Documento que deixa muito claro: não foi dom Pedro quem nos tirou o trabalho, a bondade e a inteligência de padre Giuseppe.
A basílica. O bom pastor. Só faltou a praça
Da carta de Dom Pedro
Padre Giuseppe
Espero que esta vos encontre na paz e alegria daqueles que servem fielmente o Evangelho, como o senhor sempre tem feito.
Recebi do superior regional da vossa congregação (Missionários Scalabrinianos), padre Agenor Sbaraini, a comunicação sobre vossa transferência para servir em outra diocese. Assim, venho através desta, em meu nome e em nome da Diocese de Santo André, agradecer o trabalho realizado em nossa diocese.
Desde o dia de vossa tomada de posse na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, em 7 de dezembro de 2005, o senhor assumiu a missão de ser o que foi em todos estes anos: o bom pastor, sempre presente, participante e amigo do clero e do povo de Deus.
Destaco vosso zelo no cuidado com o templo de singular significado que é a igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem para os moradores do Grande ABC. Em especial vosso esforço para que fosse declarada Basílica Menor, o que se deve a vossa iniciativa e empenho. Sei que o senhor, como nós todos, leva a tristeza de não ver melhor organizada a praça ao redor da basílica, mas creia: Deus, que tudo pode, proverá a seu tempo!
Desejo de coração que após estes 14 anos de serviço em nossa diocese V. Revmª possa, como bom missionário que é, encontrar boa acolhida e muita realização no seu ministério, no serviço que vos foi designado.
Rogando as bênçãos de Deus sobre vós, pedimos que a Virgem da Boa Viagem vos cubra com seu manto materno.
Livros gerados no Grande ABC.
Ensinam a falar e a escrever. E redescobrem a paixão pelo sobrenatural
Os professores universitários Sérgio Simka e Maria Aparecida Silva Simka participaram da abertura do Encontro São Paulo de Literatura, realizado no Diário, numa promoção da Editora Matarazzo, comemorativa aos seus quatro anos. O casal andreense integra o Núcleo de Escritores do Grande ABC. E são feras – claro, no sentido mais nobre do termo.
Professor Sérgio Simka é doutor em língua portuguesa pela PUC-SP. Tem um número incrível de livros publicados, entre os quais: A Prática de Produção de Textos em Sala de Aula, em parceria com Marcos Julio; Ortografia Não É um Bicho-de-Sete-Cabeças; Comunicação e Discurso; Ensino de Língua Portuguesa; É Pra mim Colocar Crase ou Não?; Quem Tem Medo de Português.
Já a professora Cida Simka é idealizadora, com Sérgio Simka, da série Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Entre outros, ela escreveu o livro O Enigma da Velha Casa.
O casal é organizador de Uma Noite no Castelo - Contos Mal-Assombrados.
Nacional, 100 anos.
Vinha de trem jogar futebol no Grande ABC
A história centenária do Nacional Atlético Clube – 1919-2019 – tem tudo a ver com o Grande ABC. O clube da Rua Comendador Souza nasce com os operários da estrada de ferro que corta a região. E ao longo da história realiza inúmeros jogos na região.
O Banco de Dados do Diário preserva negativos fotográficos com os jogos mais recentes do Nacional, no Grande ABC e em seu campo, em especial entre as décadas de 1970 e 1990.
E nesta semana, o Nacional ganha um livro escrito por Leandro Massoni, com prefácio do jornalista Mauro Beting. O livro traz informações, dados, histórias, curiosidades e entrevistas com dirigentes do clube, jornalistas, torcedores e pessoas ligadas à ferrovia paulista sobre os principais fatos que envolveram o time.
O Nacional foi fundado em 16 de fevereiro de 1919 com o nome de SPR – da sigla São Paulo Railway.
Nacional – Nos trilhos do futebol brasileiro
Lançamento – 5 de fevereiro, terça-feira, a partir das 19h.
Local – Livraria Martins Fontes
Endereço – Avenida Paulista, 509
Informações – 99649-7828; massoni.leandro@gmail.com
Diário há 30 anos
Sexta-feira, 3 de fevereiro de 1989 – ano 31, edição 6979
Manchete – Vereadores querem nomear 147 assessores. Projeto tramita na Câmara Municipal de São Bernardo. Tudo certo para aprovar sete secretários para cada um dos 21 vereadores
Carnaval 89 – O País para hoje para quatro dias de folias. Rádio Diário cobre salões e avenidas.
- Acascs (Associação Cultural e Artística de São Caetano do Sul) festeja seus 32 anos em ritmo de Carnaval.
Em 3 de fevereiro de...
1919 – Chuvas torrenciais. Os trens de passageiros não circulam entre Pilar (Mauá) e Alto da Serra (Paranapiacaba), devido à queda de barreiros e aterros.
Do noticiário do Correio Paulistano:
- Há mais de duas semanas que chove em praticamente todo o Estado de São Paulo.
- Os ventos são fortes.
- Chuvas em abundância nas cabeceiras dos rios Tietê e Tamanduateí.
- Toda a parte baixa de São Paulo inundada.
- O escritor Coelho Neto, que iria a Santos, fica retido na Capital.
Do noticiário internacional: Estocolmo, 2. Numa grande assembleia, foi fundada a Associação da Liga das Nações. O barão Adelewaerd foi eleito presidente (agência Havas).
1934 – Antonio José Dall’Anese nasce em Bragança Paulista (São Paulo). Ex-vereador e prefeito de São Caetano (1993 a 1996).
Santos do dia
- Brás de Sebaste. Médico. Protetor contra os males da garganta.
- Oscar n Celerina
Municípios brasileiros
Celebram aniversários em 3 de fevereiro:
- Em Alagoas, Jequiá da Praia
- Em Santa Catarina, Urubici
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