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Em reunião, professores da FSA cobram reitoria

Encontro esvaziou manifestação programada para ontem; trabalhadores seguem em greve

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
22/01/2019 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


 A reitoria da FSA (Fundação Santo André), liderada pelo professor Francisco José Santos Milreu, convocou reunião com os coordenadores das faculdades e frustrou manifestação que os docentes haviam agendado para a tarde de ontem junto ao Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do Grande ABC). Embora a temática do encontro fosse planejamento acadêmico do ano letivo, os profissionais aproveitaram a oportunidade para cobrar desde o pagamento dos proventos atrasados e 13º integral até reintegração de 35 professores, demitidos por e-mail no dia 21 de dezembro.

Os docentes acreditam que a reitoria realizou o chamado como manobra para evitar o protesto. Além disso, afirmam que há pressão para que os professores suspendam a greve – iniciada no dia 13 de dezembro. Os docentes, entretanto, afirmam que manterão a paralisação das atividades acadêmicas até que a reitoria apresente proposta de negociação.

Coordenador do curso de matemática da Fafil (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letra) e professor da Faeng (Faculdade de Engenharia), Vanderlei Mariano, 58 anos, destaca que o corpo docente quer a destituição da atual reitoria, principalmente por falta de transparência. O profissional está entre os 75 docentes investigados em sindicância que apura os contratos de trabalho da FSA. O pente-fino, iniciado em janeiro do ano passado, tinha como objetivo avaliar suspeita de irregularidade na contratação de Milreu.

O atual reitor chegou a admitir ao Diário, em março do ano passado, que não prestou concurso público para lecionar na instituição – o que é proibido por lei. Posteriormente, o reitor voltou atrás. A FSA, por sua vez, justifica que o docente apresentou papelada comprobatória de sua legalidade, entretanto, recusa-se a apresentar os exemplares à imprensa.

Diretor do Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do Grande ABC), José Jorge Maggio considera que as demissões dos docentes foram medida para ‘encobrir problemas’. “A atual reitoria está usando cortina de fumaça, culpando a antiga reitora Leila Modanez pelos desligamentos. No entanto, quem ficou responsável pela sindicância foi a atual reitoria, e eles não realizaram processo administrativo para concluir o pente-fino.”

Por meio de sua assessoria de imprensa, a FSA afirmou que “reconhece as reivindicações dos professores e que tem trabalhado para solucioná-las na conformidade da lei.” A instituição observou ainda que as aulas começam no dia 18 de fevereiro e que a reitoria está aberta para negociação com os docentes.




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