Autoridades econômicas da China informaram, nesta terça-feira, 15, que vão reduzir impostos, intensificar gastos em infraestrutura e melhorar condições de crédito para pequenas empresas com o objetivo de ajudar a combater a maior desaceleração econômica do país desde a crise financeira de 2008. Economistas creem que Pequim vai estabelecer uma meta de crescimento de 6% a 6,50% para este ano.
As autoridades afirmaram que a China manterá uma política monetária estável, mas flexível. Zhu Hexin, um vice-presidente do Banco da China, disse que instituição crê que poderá manter o valor do yuan estável.
No ano passado, a China expandiu a disponibilidade de crédito em um esforço para conter a desaceleração econômica, com um montante de novos empréstimos em moeda local que chegou a 16,17 trilhões de yuans (US$ 2,39 trilhões), segundo Zhu. Isso significa um aumento na comparação anual de quase 20%.
"Em seguida, vamos resolver o problema dos bancos comerciais, que não relutarão em emprestar para as pequenas empresas", afirmou o vice-presidente do Banco da China.
Zhu argumentou que as recentes medidas de afrouxamento monetário, incluindo reduções nas taxas de reservas compulsórias do bancos, estimularão empréstimos para o setor privado.
Questionado sobre quando a instituição vai cortar taxas de juros para estimular o crescimento econômico, Zhu respondeu que as políticas atuais já estão contribuindo para a estabilizar a atividade econômica.
Em relação ao investimento em infraestrutura, Lian Weiliang, vice-chefe da principal agência de planejamento econômico da China, disse que as autoridades estão estudando a aceleração de grandes projetos no orçamento do governo central no primeiro trimestre do ano.
O ministro assistente da Fazenda, Xu Hongcai, disse que a pasta vai pedir aos governos locais que acelerem a emissão de títulos para facilitar a construção de projetos públicos.
Lian ponderou, no entanto, que o governo não recorrerá a fortes estímulos. Os esforços do governo para aumentar o investimento em ferrovias e outros projetos públicos reacenderam preocupações sobre o aumento dos níveis de endividamento da economia. As autoridades disseram repetidamente que não voltariam aos métodos anteriores de estimular o crescimento acumulando dívidas.
Para estabilizar o emprego e estimular o consumo, Xu ainda prometeu reduzir a carga tributária de pequenas empresas e famílias.
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