Vânia Bastos segue na saga de resgatar grandes figuras da música brasileira. Após rodar o País com espetáculo em homenagem a Pixinguinha (1897–1973), a artista, agora, mergulha no universo do cancioneiro mineiro e apresenta o espetáculo Tons de Minas. Ela sobe ao palco do Sesc Santo André (Rua Tamarutaca, 302) amanhã, às 21h, e sábado, às 20h. As entradas custam de R$ 6 a R$ 20 e podem ser compradas nas unidades e pelo site www.sescsp.org.br.

Vânia nasceu em Ourinhos, Interior de São Paulo, mas sua história com a música mineira sempre se fundiu. Escutou o disco Clube da Esquina, com Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes e outros nomes, em seu lançamento, 1972.

Em 2002 gravou o álbum chamado Vânia Bastos Canta Clube da Esquina, com participação, inclusive, de Milton. “Tenho uma história de paixão pelas músicas mineiras. Meu pai é mineiro e eu viajei várias vezes para lá ouvindo todos aqueles compositores maravilhosos”, diz. Para ela, o cancioneiro feito em terras mineiras é um dos grandes pilares da música brasileira. “Tem uma musicalidade toda especial, um jeito próprio de misturar os sons e de fazer poesia. E isso é respeitado e reverenciado no mundo todo”, afirma.

Na empreitada, ela apresenta formato atípico, acompanhada por dois pianistas mineiros, Túlio Mourão e Rafa Castro. Ela conta que os músicos fizeram um especial instrumental para o Sesc TV, apresentando o espetáculo Teias. “Foi produzido por Fran Carlo e Petterson Mello em São Paulo. A ideia partiu do Fran, que, conhecendo muito bem minha história, sentiu que iria ser uma bela união de sons”, diz.

Para o espetáculo, Vânia pincelou 14 músicas. Algumas delas regravadas no álbum citado, mas há outras também, de nomes como Vander Lee e Samuel Rosa, por exemplo. “É difícil deixar algumas composições de fora do repertório, pois o show tem um tempo determinado. Mas foi idealizado para as composições das várias gerações da música mineira”, explica.