Política Titulo Saiu do colegiado
Ex-presidente do Consórcio, Auricchio faz mea-culpa sobre mudança de conceito

Prefeito de São Caetano diz que estatizar entidade não trouxe resultados

Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
07/01/2019 | 07:30
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Prefeito de São Caetano e presidente do Consórcio Intermunicipal quando a entidade passou a ser de direito público, com possibilidade de captar recursos externos, José Auricchio Júnior (PSDB) fez mea-culpa e disse que, hoje, está comprovado que o colegiado não poderia ter dado aquele passo uma década atrás.

“Faço mea-culpa. Fui um dos grandes incentivadores da estatização do Consórcio em 2009. Trabalhamos muito, o Clóvis (Volpi, Patriota, ex-prefeito de Ribeirão Pires), o (Luiz) Marinho (PT, ex-prefeito de São Bernardo) e eu. Era visão que se tinha de se ampliar o raio de ação, trazer ferramentas novas, possibilidade de financiamento”, lembrou o tucano, que, no ano passado, deixou o Consórcio. “Criamos um oitavo elemento estatal, paquidérmico, custoso, lento. Hipertrofiou, claro. Saímos de 2009 a 0,1% da receita corrente líquida (de transferência para custear o grupo) para cada município e hoje está em 0,17%, após todos os esforços (chegou a 0,5%).”

Além de São Caetano, saíram da entidade as prefeituras de Diadema (em 2017) e de Rio Grande da Serra (em 2018). Na visão de Auricchio, quando Lauro Michels (PV), prefeito diademense, se desfiliou, o conceito do Consórcio ruiu. “Quando se tem engrenagem de sete roldanas e tira uma, o critério geral acabou. A saída de Diadema fraturou a regionalidade.”

O prefeito são-caetanense defende outro modelo de discussão regional, uma espécie de fórum, com participação de outros entes da sociedade do Grande ABC, como associações comerciais, sindicatos, sem, necessariamente, a construção de sede própria – hoje há uma no Centro de Santo André.

Nesta semana, inclusive, a entidade deve escolher seu novo presidente. Houve três adiamentos da eleição – duas em dezembro e uma na semana passada. O próximo comandante deve ser ou o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), ou o chefe do Executivo de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB). 




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