O PSDB de São Caetano atualmente se lança como uma das forças para concorrer ao Executivo nas eleições de outubro. Mas, de acordo com os números do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) dos últimos pleitos, o poder de fogo tucano não é tão grande.

O auge do partido na cidade se deu na eleição de 1992, quando elegeu o prefeito Antônio José Dall’Anese. De lá para cá, a sigla apresentou um declínio acentuado que culminou, na última disputa eleitoral, em 2004, em menos de 500 votos para sua chapa de vereadores.

NÚMEROS - No pleito de 1996, o candidato Cláudio Demambro – atual presidente municipal do partido – obteve 28.086 votos e perdeu a cadeira do Palácio da Cerâmica para Luiz Tortorello, que teve 56.268 eleitores. Naquele ano, foram 19 candidatos tucanos a vereador, que arregimentaram, juntos, 8.614 votos – foram conquistadas duas cadeiras na Câmara.

Em 2000, Demambro tentou novamente o Executivo. Ficou em terceiro lugar com 4.983 votos. Para a vereança foram lançados nove nomes, que totalizaram 1.219 votos – nenhum venceu.

Nas eleições de 2004, o PSDB integrou o grupo de apoio ao então candidato José Auricchio Júnior (PTB). Lançou cinco candidatos a vereador que, somados, tiveram apenas 453 eleitores.

Além disso, dois nomes de peso deixaram o partido: o atual vereador Joel Fontes (PMDB) e a suplente Suely Nogueira (PTB), que perdeu a última disputa para Gersio Sartori (PTB) por dois votos de diferença.

Com esse cenário, os tucanos têm pouco tempo para organizar uma campanha capaz de levá-los ao comando da Prefeitura. Os próprios integrantes do partido têm consciência da dificuldade de lançar chapa majoritária, mesmo com o aval do diretório estadual. “Hoje somos um partidinho. Não existe a mínima possibilidade de lançarmos candidato a prefeito”, analisa o militante Luiz Antônio de Carvalho.

Silvio Minciotti, uma das referências do PSDB, faz uma análise categórica da atual situação. “Para lançarmos candidato a prefeito, tínhamos de ter reunido a militância e feito um plano de governo alternativo. Agora é tarde.”

Cláudio Demambro, líder da executiva municipal tucana, não retornou as ligações da reportagem para comentar o assunto.