Dos bairros populares do sul de Armênia, que sofreram a destruiçao mais grave da capital da província de Quindio, com 250 mil habitantes, centenas de desabrigados se encaminharam para o centro invadindo lojas e supermercados que ficaram de pé, enquanto alguns policiais atiravam para o ar para tentar afastar a multidao.
``Queremos comida, nos dêem comida e nao tiros, temos fome', gritavam vários desabrigados. Entre a multidao, que aparentemente se dispersou com a chuva e a chegada da noite, nao houve feridos ou mortos. Horas depois, o Governo ordenou a desmilitarizaçao da regiao.
Os desabrigados alegaram falta de assistência e demora na chegada de ajuda oficial e de donativos procedentes de vários países, organismos internacionais e milhares de colombianos.
Diante desta situaçao, o presidente Andrés Pastrana decidiu viajar para Armênia para coordenar, a partir desta quinta-feira, a entrega de mantimentos para os desabrigados, que carecem de comida, água, cabanas de camping e remédios.
``Neste momento, há comida suficiente e o que precisamos é que seja distribuída e para isto vamos dedicar todos os nossos esforços', disse Pastrana aos jornalistas presentes no local, depois de destacar que ``nem o país nem o mundo têm idéia da dimensao da tragédia que devastou a regiao cafeeira da Colômbia'.
Pastrana reiterou que permanecerá na regiao ``o tempo que for preciso', na companhia de seus colaboradores mais próximos, do diretor da Polícia, general Rosso José Serrano, e de funcionários de vários organismos oficiais.
Três dias depois do terremoto, equipes de socorro, militares e policiais colombianos, apoiados por especialistas dos Estados Unidos, Japao, França, Alemanha, Gra-Bretanha e México, continuam no trabalho de busca de sobreviventes entre os escombros e atender os feridos.
Entre terça-feira e ontem, segundo informaçoes da Cruz Vermelha, foram envontradas com vida 18 pessoas entre as ruínas de antigos prédios.
Nesta quinta começará a tornar efetiva a entrega de 95 toneladas de comida que nao puderam chegar a seu destino devido aos trabalhos de resgate, às chuvas torrenciais e às várias réplicas do tremor, que voltaram a encher de pânico os moradores desta cidade encravada na Cordilheira dos Andes.
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